Três acusados de atacar um grupo de judeus na região central de Porto Alegre, em 2005, foram condenados na noite desta quarta-feira, 19. Thiago Araújo da Silva e Laureano Vieira Toscani receberam pena de 13 anos de prisão em regime fechado. Já Fábio Roberto Sturm terá de cumprir 12 anos e 8 meses de detenção. O crime aconteceu em frente a um bar no bairro boêmio Cidade Baixa. Silva e Sturm poderão recorrer da decisão em liberdade.
O julgamento teve início na manhã de terça-feira, 18, no Foro Central de Porto Alegre, e durou cerca de 22 horas. A sentença foi lida por volta das no final da noite de quinta-feira pela juíza Cristiane Busatto Zardo. Na ação, as vítimas, identificadas como Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna e Alan Floyd Gipsztejn, usavam quipás (espécie de boina que os homens judeus usam para cobrir a cabeça) quando foram brutalmente agredidas com socos, pontapés e facadas por um grupo de skinheads que estava dentro do bar.
O material apreendido durante as investigações policiais foi exposto em frente ao júri. Entre os pertences estavam facas, livros, CDs e bandeiras de apologia neonazista. “Se isto aqui não é nazismo, eu não sei mais o que dizer. Tenho até nojo de segurar isso”, disse a promotora Andrea de Almeida Machado enquanto mostrava em uma das mãos o livro Minha Luta, escrito por Adolf Hitler, aos jurados.
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De acordo com denúncia do Ministério Público, os réus fariam parte de um grupo denominado Carecas do Brasil, que faz apologia ao nazismo e ao antissemitismo.
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