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Skate: o esporte do momento

Logo após os brasileiros Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros brilharem no pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a cultura do skate no Brasil ganhou um fôlego impressionante. Rayssa conquistou a prata na modalidade skate street. A menina, de 13 anos, colocou a prancha de madeira com rodinhas entre um dos assuntos mais falados da internet, assim como Kelvin, que também ganhou a medalha de prata na mesma modalidade. Pedro, porém, garantiu a prata no skate park.

O skate é uma das cinco novas modalidades estreantes nesta edição da Olimpíada. O esporte, nos Jogos Olímpicos, se divide em duas modalidades: o street, que conta com um circuito de obstáculos que simulam elementos das ruas, como, corrimões, escadas, lombadas e rampas. Conforme as regras da Olimpíada para a modalidade, o atleta deve realizar duas voltas de 45 segundos, além de cinco tentativas de manobras, o pontuador zera em caso de queda. Cinco juízes dão notas de 0 a 10. A nota mais alta e a mais baixa de cada volta ou manobra são descartadas. O resultado final é a média das três notas restantes. Já a modalidade park é realizada em uma pista com paredes côncavas, que conta com elementos como corrimões e rampas altas. O atleta deve realizar três voltas de 45 segundos, a melhor conta como pontuação final da rodada. Cinco juízes dão notas de 0 a 100 pontos.

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Segundo a skatista, que pratica o esporte há 6 anos, Claudemara Martins (a Claudinha), 44 anos, natural da região Centro Serra, é muito importante o fato de o Brasil ter três medalhistas olímpicos da modalidade. “As pessoas tem uma visão destorcida sobre o skatista. Essas conquistas olímpicas irão tirar o véu de preconceito que a sociedade tem com os praticantes do esporte. Somos atletas e queremos ser tratados como tais”, ressalta Claudinha.

A skatista também falou sobre o sentimento de estar em cima do shape. “Eu sinto uma sensação de liberdade, principalmente por ser mulher. Me sinto no poder de fazer as coisas. O skate traz uma conexão comigo mesma, com minha essência. Por isso eu vejo o skate como um objeto que conecta pessoas, pois todos se reúnem nas pistas para apoiar um ao outro”, enfatizou. A integrante do coletivo feminino de skatistas (Girls Skate Power), de Porto Alegre, visitou, na semana passada, a Casa de Cultura de Sobradinho, quando se colocou à disposição para realizar visitas nas escolas, em um trabalho para desmistificar a cultura do skate.

Claudinha, natural do Centro Serra, pratica o esporte há seis anos

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Mais do que um esporte, o skate tornou-se um estilo de vida. De acordo com o skatista de Sobradinho, Kevin Pasa Rech, de 21 anos, a prática do esporte faz muito bem para o físico e a mente. “Tu acaba se tornando independente, se desafiando cada vez mais, se colocando na tua posição, procurando sempre estar no topo e sempre buscando mais de ti mesmo”, destaca.

O jovem também ressaltou que o esporte deve ser mais valorizado pela população e pelo município. “O pessoal deve ter mais empatia com os praticantes, que não tem lugares em condições apropriadas para andar e isso acaba fazendo com que ruas ou até mesmo o centro da cidade sejam usados para a prática, o que acaba incomodando algumas pessoas”, disse. Para ele, a visão do esporte no município de Sobradinho deve ser diferente. “O percentual de futuros atletas que podem sair daqui é enorme, porém, muitos deixam de praticar ou evoluir no esporte por falta de inspiração e apoio”, finaliza o skatista.

Breve resgate sobre o esporte

A prática do skate surgiu na Califórnia (EUA), no final dos anos 1950. Na época, não havia ondas no litoral, então os surfistas da região colocaram rodinhas de patins na prancha de madeira para imitar manobras de surf na rua. Mas, foi apenas em 1990 que o skate ganhou fama mundial. O grande marco do movimento foi o norte-americano Tony Hawk, que mais à frente, em 1999, estrelou o jogo eletrônico Tony Hawk’s Pro Skater para as principais plataformas de videogame da época.

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No Brasil, o skate começou a ser utilizado na década de 1960, mas apenas em 1970 o esporte ganhou mais visibilidade. O brasileiro com maior destaque em cima do shape foi o carioca Bob Burnquist, que em 1997 foi eleito o melhor skatista do mundo. Segundo dados da última pesquisa realizada pelo Datafolha (2019), existem 8,5 milhões de skatistas ativos no Brasil, sendo este um dos esportes mais praticados no país.

Foto: Victor Paranhos

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Nathana Redin

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Nathana Redin

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