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Situação precária da ERS-403 causa transtornos para usuários e moradores

Foto: Bruno Pedry

Motoristas se obrigam a realizar manobras arriscadas para fugir dos buracos e desníveis

Já se passaram quase quatro meses em 2023 e as obras de pavimentação da ERS-403, rodovia que liga Rio Pardo a Cachoeira do Sul, ainda são motivo de queixas dos usuários e de moradores. A comunidade aguarda há mais de 30 anos pelo asfalto nos 62 quilômetros de extensão, mas os trabalhos ainda não dão indícios de que serão finalizados em breve. A Gazeta do Sul percorreu o trecho na manhã dessa quinta-feira, 27, e verificou a atual condição da estrada. 

A Conpasul, empresa contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), trabalha no local, mas a reportagem da Gazeta do Sul avistou apenas uma máquina, próxima à localidade de Cruz Alta, operando nos valões de drenagem da água da chuva nas laterais. Além do trecho que recebe as obras, outros pontos requerem a atenção dos motoristas em razão das alterações na trafegabilidade e da chuva que ocorreu nos últimos dias. 

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O início da ERS-403, após a saída de Rio Pardo, tem um trajeto de cerca de 18 quilômetros já asfaltado. O pavimento apresenta alguns buracos e desníveis; no entanto, ainda é possível classificá-lo como um trecho em boas condições. Os problemas aparecem no início da estrada de terra perto da Escola Estadual de Ensino Médio João Habekost, na localidade de Arroio das Pedras. 

Além dos desníveis e buracos, a via está com muito barro por causa da chuva desta semana. Alguns motoristas arriscam manobras perigosas, entrando na contramão para desviar dos obstáculos, o que torna o tráfego inseguro. O trajeto com barro acumulado segue até onde estava o maquinário trabalhando nos valões de escoamento da água. Após essa passagem, começa a parte de preparação da sub-base, que deve receber o asfalto. 

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Os quilômetros seguintes se alternam entre trechos planos e outros com muitos buracos e desníveis, que representam perigo aos condutores. Outro problema é a falta de sinalização. As únicas placas existentes são as que indicam o nome da rodovia e o quilômetro, além das entradas para algumas localidades. O cascalho solto também é motivo de reclamação, pois dá a sensação de que, a qualquer momento, se perderá o controle da direção, em virtude da pouca aderência dos pneus. Além disso, a passagem de veículos levanta nuvens de poeira que dificultam a visibilidade. 

Rotina de muitos problemas na ERS-403

Letiano Scherer é produtor rural e mora na localidade de Cruz Alta, próximo da 403, há mais de 30 anos. Segundo o morador, as obras andam tão lentamente que não é possível ver diferenças na rodovia há meses. “Na parte da estrada indo para Rio Pardo está quase parada, e os problemas são muitos. Hoje não tem tanta poeira, por conta da chuva, mas é sempre horrível. Os pneus dos carros não duram nada e já tive que trocar o para-brisa também”, afirmou.

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Scherer falou ainda sobre as condições da camada de asfalto colocada há pouco perto do início do antigo asfalto, que leva para Cachoeira. “Eles até fizeram o asfalto, mas já está estragado, com muitos buracos. Agora passamos por uma época de colheita, então cruzava um caminhão atrás do outro, o que prejudicou ainda mais.” Conforme Letiano, a empresa passou um rolo para tentar amenizar as pedras soltas no trecho que deve receber o asfalto, mas foram necessárias poucas horas para que o cenário voltasse a ser como antes.

Olipardo e Maria limpam a frente da casa em razão da poeira que vem da rodovia | Foto: Bruno Pedry

Bastou andar alguns quilômetros para encontrar o casal Olipardo Gomes e Maria Aida de Freitas, moradores da localidade de Três Vendas, no 7º distrito de Rio Pardo, limpando as paredes externas da casa com uma lavadora de alta pressão, por causa da poeira da estrada. “A base do pré-asfalto é o pavor aqui de casa. Há dias em que sobe uma nuvem de poeira por conta dos caminhões que passam correndo por aqui. E não adianta fechar as janelas, não tem nada que impeça a poeira de entrar na casa”, relatou Olipardo.

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O casal pega a estrada toda semana para afazeres em Cachoeira e algumas vezes em Rio Pardo, e fala dos prejuízos causados ao carro. “Andamos quase todos os dias e posso afirmar que está mais fácil ir para Cachoeira do que para Rio Pardo. Mas o asfalto que foi colocado na ida a Cachoeira já está esburacado, acho que por causa dos caminhões que passam e danificam”, disse Maria. Ainda conforme a moradora, os valões de escoamento da água já foram causadores de acidentes. “Muitas pessoas caíram, quase todo mês sabemos de algum caso”, contou.

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