Um casal de agricultores de Linha 15 de Novembro I, no interior de Vale do Sol, teve que adiar o sonho de construir a casa própria. Alexandre dos Santos Soares, 32 anos, e Diana Paula Peiter, 35, que atualmente residem com o filho Tierry, de 2 anos, na casa da mãe de Diana, a pouco mais de 500 metros do local onde o chalé de 60 metros quadrados será erguido, aguardam um protocolo de serviço realizado junto à Prefeitura. Segundo Soares, para que os materiais da obra cheguem até o local, devem ser feitos um alargamento da estrada e a colocação de cascalho no acesso à propriedade. Após muitas tentativas junto à Secretaria Municipal de Obras, o agricultor contatou a Gazeta do Sul, que foi conferir a situação.
A propriedade do agricultor em Linha 15 de Novembro II tem quatro hectares onde são cultivados aipim, batata, milho e verduras. A construção da moradia perto da lavoura facilitaria o trabalho do casal e também os cuidados com o filho, que tem problemas de saúde como convulsões. Em julho, foram entregues os primeiros materiais, como areia, brita e madeira. Mas de acordo com Soares, a precariedade do acesso à propriedade compromete que o restante seja trazido.
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“Há dois meses o caminhão da loja de materiais de construção veio descarregar a brita e, por pouco, não atolou. Além de muito úmido, o caminho não tem largura suficiente. Com medo de danificar o veículo, o dono da loja disse que não irá entregar mais nada até que o caminho seja arrumado”, conta. “Já solicitei à Prefeitura o serviço de retroescavadeira, que custa em média R$ 95,00 a hora. Uma máquina particular custaria bem mais, e não temos condições financeiras para isso”, esclarece.
O prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva, explicou que a solicitação do agricultor será atendida de acordo com as já existentes. “Temos uma demanda de protocolos muito grande. Na segunda-feira [21], iniciamos os reparos no acesso geral de Linha 15 de Novembro, como limpeza de valetas e cascalhamento. Paralelo a isso, estamos atendendo aos pedidos particulares daquela localidade, de acordo com a lista de atendimentos.” O prefeito destacou que os protocolos do morador sempre foram atendidos. “A obra na propriedade dele será executada no momento apropriado, não temos como deslocar uma máquina somente para isso. Nunca deixamos de atendê-lo, mas há mais moradores que também precisam”, esclareceu.
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