Regional

Situação da RSC-471 se agrava e vira desafio para os motoristas

As péssimas condições da RSC-471, rodovia mantida pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), continuam gerando preocupações e reclamações entre os motoristas. Considerada um dos principais corredores de exportação do Estado, a via conecta a região Norte à região Sul, passando pelo centro do Rio Grande do Sul e chegando ao Porto de Rio Grande. No entanto, os usuários enfrentam desafios diários, especialmente no trecho de Encruzilhada do Sul a Canguçu, apontado como o mais crítico.

A deterioração da rodovia impacta diretamente o transporte de mercadorias, aumentando os riscos de acidentes e causando atrasos no escoamento de produtos essenciais para a economia local e nacional. Pensando nisso, um grupo de Santa Cruz do Sul, formado por seis empresas de transporte, contratou uma equipe para elaborar um vídeo que retrate as dificuldades vividas pelos caminhoneiros e demais usuários ao trafegarem pela estrada no trecho entre os quilômetros 233 e 253, em Encruzilhada.

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No vídeo, que circula nas redes sociais, é possível observar enormes buracos, alguns com 2,6 metros de largura, e veículos sendo obrigados a invadir a pista contrária para desviar dos perigos. Conforme o sócio-proprietário da Modal Transportes, João Pedro Heck, o material visa mobilizar a comunidade e mostrar a realidade enfrentada pelos motoristas. “A rodovia está intransitável, assim como a RSC-153. Estamos sofrendo nas mãos do governo, pois a estrada está sem condições de tráfego”, lamenta.
Heck, que tem uma frota de 70 caminhões que transportam tabaco, grãos e produtos de fábricas, ressalta os prejuízos. “Todos os veículos que passam pela 471 voltam com problemas, seja um pneu furado ou a suspensão danificada. O custo de manutenção é muito alto.”

Importante corredor de exportação, que conecta as regiões Norte e Sul do Estado, estrada virou sinônimo de prejuízo e insegurança
Vídeo nas redes sociais mostra enormes buracos, alguns com 2,6 metros de largura

Além da Modal Transportes, as empresas ACBJ Transportes, Transportadora Augusta, Extrhema Transportes, Klein Transportes e Transportes Mahler participam do grupo que busca soluções. Segundo o empresário, com as condições atuais da rodovia, as empresas de transporte cogitam utilizar uma rota alternativa, como a BR-116, passando pela cidade de Guaíba. “Seria uma medida paliativa até que se arrume a RSC-471, mas isso aumentaria em 200 quilômetros o trajeto”, explica.

Em julho, a Gazeta do Sul ouviu deputados estaduais da região e representantes de entidades. Todos ressaltaram a importância da RSC-471 para a logística estadual e destacaram a urgência de melhorias. No mês passado, um grupo de manifestantes realizou um ato às margens da rodovia, em Encruzilhada, clamando por maior atenção do Daer em relação à via. Na ocasião, também foi elaborado um abaixo-assinado, encaminhado ao governador Eduardo Leite.

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O Daer foi contatado, mas até o fechamento desta edição não houve retorno sobre o assunto.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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Ricardo Gais

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