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Situação da RSC-153 melhora após tapa-buracos; veja

Após chegar em uma situação de extrema precariedade depois das chuvas de abril e maio, a RSC-153 foi parcialmente recuperada por uma empresa contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável pela manutenção da rodovia. Em alguns trechos, os buracos foram cobertos individualmente, enquanto em outros foi colocada uma nova camada de asfalto. Apesar da melhora expressiva, a ausência quase completa de sinalização e a falta de roçada no entorno são antigos problemas que persistem.

Na tarde dessa segunda-feira, 10, a Gazeta do Sul percorreu o trajeto de Vera Cruz até o posto Casarão Serrano, entre Sinimbu e Gramado Xavier. Esse mesmo deslocamento havia sido feito no dia 13 de maio, e foram necessários somente alguns minutos para perceber o quanto as condições de trafegabilidade melhoraram. Os enormes buracos deram lugar a pequenos desníveis nos locais onde foi feito o restauro individual. Já onde houve o recapeamento asfáltico, a pista está em perfeitas condições – apesar da falta de sinalização.

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Na subida da serra, antes do acesso a Sinimbu, e em outros pontos onde houve deslizamentos, a terra permanece na beira da pista, mas não atrapalha o trânsito. Chama a atenção ainda a redução no número de veículos, sobretudo caminhões e carretas. Em maio, devido aos bloqueios na RSC-287, BR-386 e outras rodovias importantes, a RSC-153 era uma das únicas ligações entre as regiões Norte, Centro e Sul do Rio Grande do Sul, e por isso recebeu um tráfego muito mais intenso que o habitual.

Os velhos problemas, contudo, continuam existindo. A sinalização – tanto vertical como horizontal – é precária ou inexistente. Poucas são as placas indicando o quilômetro ou os acessos às localidades do entorno. As que existem estão danificadas ou apagadas. A vegetação segue invadindo a pista em vários pontos e tornando o acostamento ainda menor, quando não inacessível. Apesar de tudo, na situação atual, os condutores não enfrentam grandes riscos ao trafegar pela RSC-153 durante o dia. À noite, a viagem continua não recomendada.

Registro feito em maio
Registro feito nessa segunda-feira

“Eles continuam nos enrolando”

Integrante do movimento Avante 153 e vereador de Herveiras, Antônio Gildásio Corte Vieira, o Daio, considera que os usuários da RSC-153 estão sendo enrolados pelo Daer e pelo governo do Estado. Segundo ele, as máquinas trabalharam somente nos primeiros dias da semana passada e depois pararam. Mesmo diante de um cenário positivo em comparação ao de 30 dias atrás, ele entende que a recuperação é lenta e ainda insuficiente, por se tratar de mais uma operação tapa-buracos na maioria dos trechos.

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Daio acredita que essa situação vai persistir e só será resolvida se a 153 passar a ser pedagiada. “Nós não queremos isso, mas também começamos a pensar que talvez valha mais a pena pagar pedágio para ter uma rodovia em boas condições.”

A proximidade do inverno, que começa no dia 21 deste mês, é mais uma preocupação. “Aí vai começar a chover e eles vão dizer que não podem trabalhar por causa da chuva, então esperamos que algo seja feito o mais rápido possível.”

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Tráfego de caminhões e carretas diminuiu após a abertura de outras rodovias, como a RSC-287, que foi liberada nos últimos dias

Relato semelhante é feito por Enoir Mueller, o Kito, motorista da Prefeitura de Gramado Xavier. Segundo ele, nos deslocamentos feitos desde a última quarta-feira pela rodovia, não percebeu homens ou máquinas trabalhando. “Vi que em uma propriedade tem uma fresadora de asfalto, um caminhão e um rolo estacionados. A promessa foi feita, esperamos que consigam concluir aquilo que já deveria ter sido feito há anos.”

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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