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Situação da RSC–153 compromete escoamento da safra

A um mês do início do período de maior movimento de caminhões para o escoamento da safra agrícola, as más condições de um trecho de 35,82 quilômetros atrapalham a vida dos motoristas no principal corredor de exportação entre a região Norte do Estado e o Porto de Rio Grande. Crateras que ocupam o espaço das duas pistas em diversos pontos da RSC–153 e com até mais de 30 centímetros de profundidade tornaram comum o tráfego em zigue-zague no trajeto entre os municípios de Soledade e Barros Cassal.

A precariedade do asfalto inibe o fluxo de carros e caminhões pela rodovia, pois muitos motoristas preferem usar a rota alternativa pela BR–386 até Porto Alegre e depois seguir pela BR–116 para evitar riscos de acidentes e assaltos, mesmo com despesas a mais com o aumento da distância em 110 quilômetros e mais postos de pedágio.

Proprietário de uma oficina nas margens da rodovia nas proximidades do trevo do principal de acesso a Barros Cassal, Jorge Paulo dos Santos afirma que diariamente presta dois ou mais socorros para veículos com problemas no trecho até Soledade. Observa que há poucos dias um veículo menor perdeu até o para-choque ao passar por uma das crateras. Ainda conforme Santos, há cerca de meio ano uma carreta tombou nas proximidades da divisa com Soledade ao tentar desviar de um buraco. Os problemas mais frequentes nos carros e caminhões são com danos em pneus, rodas e suspensão. Santos ressalta que os riscos aumentam à noite e nos dias de chuva quando há maiores dificuldades de visualização dos buracos.

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Motoristas de caminhões com seis eixos, Luciano Fischer e Adilson Nunes levam soja de Soledade ao Porto de Rio Grande e trazem no retorno cevada para uma cervejaria. Afirmam que percorriam o trajeto de Soledade a Barros Cassal em uma hora com a rodovia em boas condições, mas atualmente levam de duas a 2h30 por causa das más condições do asfalto. Explicam que situação piorou há um ano e, além dos problemas com pneus, molas e eixo, os buracos causam quebra na mercadoria, com a queda da carroceria.

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou que o trecho RSC–153 entre Soledade e Barros Cassal segue incluído no Programa Restauro. A obra tem previsão de investimento de R$ 33 milhões do financiamento do Banco Mundial (Bird) para o lote dessa rodovia e do trajeto da ERS–332 entre Soledade e Espumoso. No momento, o Daer aguarda a finalização dos procedimentos licitatórios por parte da Central de Licitações do Estado (Celic).

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NA EDIÇÃO DA GAZETA DO SUL DESTA SEXTA-FEIRA

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