A situação da BR-290 melhorou muito em relação a agosto de 2020, quando a Gazeta do Sul percorreu o trecho entre Pantano Grande e o novo viaduto de acesso ao município de Charqueadas pela ERS-401. Equipes de uma empresa terceirizada do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) executaram serviços de manutenção, com recapeamento do asfalto e limpeza do mato às margens da rodovia.
Não há buracos no trecho de 85 quilômetros. Em determinados pontos, ainda falta pintura horizontal. Em raros momentos, aparecem defeitos na pista, como afundamentos provocados por excesso de carga nos caminhões. Não há obras de duplicação em andamento na rodovia e uma equipe ainda trabalha na construção do viaduto na zona urbana de Pantano Grande. No último dia 6, o viaduto para acesso à ERS-401 foi liberado para o tráfego.
Em 2014, a duplicação de 115,7 quilômetros da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, estava estimada em R$ 583 milhões. A intervenção havia sido incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Na última atualização, em setembro de 2020, o Dnit estimou um aumento de 23,4% no custo total.
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A conclusão estava prevista para outubro de 2017. O Ministério da Infraestrutura divulgou que outras empresas irão assumir a concessão para dulicar a BR-290, a partir de uma nova licitação, em razão do descumprimento dos acordos previstos em contrato pelas empresas atuais. O viaduto de Pantano Grande deve ser liberado em junho, de acordo com o Dnit, mas sem estimativa precisa do dia.
Para esta semana, equipes trabalham na aplicação de microrrevestimento no asfalto entre os quilômetros 131 e 141, em Eldorado do Sul, e também entre os quilômetros 222 e 225, em Pantano Grande. Entre domingo e o próximo sábado, o Dnit anunciou novos serviços de manutenção na rodovia.
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Para o microrrevestimento que será feito,é necessário interromper uma faixa da rodovia, aplicar a mistura (agregado e emulsão asfáltica) e esperar pelo rompimento desta emulsão (processo de evaporação da água contida na mistura aplicada), para que a pista possa ser totalmente liberada. É importante salientar que este tipo de trabalho só pode ser realizado durante o dia para que o sol auxilie no processo de secagem e fixação do produto. Em caso de chuva, os serviços de recuperação de pista serão adiados.
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De acordo com o diretor regional do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado (Setcergs), Alaor Coelho Canêz, as operações de manutenção não são suficientes. Pelo volume de caminhões que utilizam a BR-290, Canêz defende um modelo semelhante ao da RSC-287, com a entrada de uma concessionária para viabilizar a duplicação. “Entendo que o trecho até o entroncamento com a BR-392 deveria ser duplicado.
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O asfalto pode ter recebido reparos, mas a durabilidade é baixa. O que não pode acontecer é entrar uma concessionária como a da região de Pelotas, que cobra mais de R$ 10,00 para carros”, afirma. Para Canêz, outras rodovias merecem atenção, como a RSC-153 e a RSC-471, corredor de escoamento da safra para o Porto de Rio Grande. “É a velha história do cobertor curto. A BR-290 pode ter tido uma melhora, mas a situação é lamentável na 471, principalmente entre Encruzilhada e Canguçu. Na parte norte, a subida da 153 para Barros Cassal está terrível, muito precária”, enfatiza.
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