Quem circula pelos corredores do Espaço Casa da Emater durante a 22ª Expoagro Afubra, de Rio Pardo, dificilmente passa despercebido pela parcela de Olericultura. No local estão expostos grandes tomates, pimentões, berinjelas e melões.
“Parecem de Itu”, brincou um agricultor, que caminhava por ali. O ótimo resultado apresentado pelas olerícolas, vistosas, coloridas e com vigor, explica-se primeiro pelo manejo do solo, com cobertura, revolvimento e manutenção de palhada, e depois pela adoção do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH).
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“Em muitos casos o cultivo de hortaliças é uma atividade de intensa e frequente mecanização”, salienta o extensionista da Emater/RS-Ascar Assilo Martins Corrêa. E o que o SPDH faz é justamente buscar um sistema de plantio mais sustentável, com redução do uso de insumos e, consequentemente, uma série de vantagens em relação à conservação do solo.
“É um modelo que minimiza processos erosivos, reduz a lixiviação de nutrientes e promove a regulação térmica justamente pelo incremento dos teores de matéria orgânica, com maior ação biológica de microorganismos”, comenta.
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De acordo com Assilo, neste ano a equipe que organiza a parcela preparou o solo de forma diferente, sem nenhum revolvimento e a introdução de culturas de inverno e de verão, no caso, capim sudão e aveia e nabo. “Esse contexto fez com que o solo ficasse mais fofo, com menos doenças, redução de uso de fertilizantes químicos e aumento da população de fungos e bactérias benéficos”, explica.
O extensionista comenta que o resultado se vê na horta, com frutas e legumes mais saborosos, por serem mais “naturais”. “O processo todo pode ser mais vagaroso, mas o resultado é satisfatório, com baixo investimento”, avalia.
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De forma complementar, a parcela de Olericultura também destaca o cultivo protegido em vaso e em substrato, uma forma de produção que também reduz o problema de doenças das plantas. No local podem ser conferidas variedades de tomates, pimentões e pepinos em modelo de tutoração em estufa, com adubação em fertirrigação e sistema de nebulização, com vistas a reduzir a temperatura ambiente, especialmente em dias de pico de calor. “Esse é um sistema mais controlado do que o de campo, com melhor ventilação, mais adensamento e menos incidência de pragas e doenças”, finaliza.
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