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ARTE E HISTÓRIA

Sino do Monge, com mais de 300 anos, será exposto em Porto Alegre

Sino do Monge, com mais de 300 anos, será exposto na Capital

Detalhes do Sino do Monge impressionam

Uma peça com grande valor histórico e cultural foi restaurada e está exposta no Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Trata-se de um sino de bronze forjado em 1719 e que integra o acervo do museu Aristides Carlos Rodrigues, de Candelária. Conhecida como Sino do Monge, a peça está na instituição há cerca de 20 anos. Agora, além de ter sido totalmente recuperado e preservado à forma original, também teve sua história de mais de três séculos desvendada.

O objeto integra a exposição “Sons de sinos missioneiros que ultrapassaram séculos”. De acordo com o professor Edison Hüttner, do Programa de Pós-Graduação em História, é um autêntico sino missioneiro da época das reduções jesuíticas, com o mesmo padrão de desenhos do período de outros sinos identificados em São Martinho da Serra e Caçapava do Sul. O trabalho de restauração contou com o apoio da artista plástica Carla Rigotti e da pesquisadora italiana Maria Letizia Amadori, da Universidade de Urbino.

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O Sino do Monge foi fundido na redução de La Cruz, localizada na atual província de Corrientes, na Argentina, em 1719. Possui 58,5 centímetros de altura por 29 centímetros de largura (na boca) e pesa 47,6 quilos (ou 48,9 quilos com o badalo). A tonalidade musical é o Si bemol.

O item traz no corpo a palavra Clemente, alusiva a São Clemente e também ao nome de seu criador, o padre Antônio Clemente Sepp, que viveu naquela região entre os anos de 1714 e 1730. O modelo segue o padrão de sinos fundidos nas reduções da Argentina e Paraguai naquele período.

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Segundo Hüttner, o sino teria vindo para o Brasil durante a Primeira Campanha da Cisplatina, entre 1812 e 1817, quando Brasil e Argentina lutavam pelo domínio do território que hoje pertence ao Uruguai. A hipótese mais provável é que tenha sido saqueado para ser posteriormente derretido e utilizado na fundição de canhões, mas isso não ocorreu. Na localidade de Santo Antão (hoje um distrito de Santa Maria), o monge João Maria D’Agostini obteve o sino e o levou para uma ermida (pequena capela em lugar ermo) no Cerro do Botucaraí, em Candelária, entre 1844 e 1848.

O sino foi doado ao Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues entre os anos de 2003 e 2004 pela Comunidade Católica do Quilombo, localizada no interior de Candelária, e desde então pertence ao acervo. É um objeto da arte sacra jesuítico-guarani do século 18 e que está inteiramente preservado, com todos os detalhes. Ele ficará exposto no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS até fevereiro e depois retornará ao lugar original.

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