Após ter avaliado os danos e entrado com decreto de emergência na Defesa Civil estadual no dia 30 de maio, Sinimbu enfrentou mais uma semana de chuva intensa. Entre a noite de quarta-feira e a tarde de desta quinta-feira, foram 110 milímetros. As aulas na rede municipal foram suspensas e serão retomadas somente na segunda-feira. A decisão afeta 1,5 mil alunos. Dos 14 pontilhões danificados no interior, três ficaram destruídos. Não há condições para a manutenção do transporte escolar. Nas propriedades, o transporte de tabaco e da produção leiteira foram inviabilizadas. O Rio Pardinho reduziu o nível para 3,86 metros, mas chegou a estar acima dos sete metros. O normal é entre 90 centímetros e um metro. A localidade mais atingida é Alto Rio Pequeno. A única forma de acesso é pela Cava Funda. Os pontilhões nos acessos de Linha Verão e Linha Invernão estão totalmente submersos e a força da correnteza impressiona.
Além de Sinimbu, outros municípios estiveram na última segunda-feira em uma reunião da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado, ficou decidido que as solicitações de cada um dos municípios afetados pela chuva serão levadas ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, em uma reunião na próxima semana.
“Em Sinimbu, contabilizamos prejuízos de R$ 800 mil. Dos 700 quilômetros de estrada de chão, havíamos recuperado praticamente todas. Na Cava Funda, que faz ligação com Boqueirão do Leão, conseguimos acascalhar toda a extensão. Agora precisamos recomeçar o trabalho. Das 52 pontes pênsil, três já foram reformadas e liberadas para pedestres. Outras foram totalmente danificadas com o vento e a chuva. Teremos muito trabalho pela frente”, explica o secretário de Obras e vice-prefeito, Claus Schneider Wagner. Novos dados serão coletados para que sejam encaminhados à Defesa Civil. “Os danos são maiores do que foi registrado na semana passada. Vamos anexar esse novo levantamento ao material que já foi enviado anteriormente, com o pedido de auxílio”, completa Wagner.
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Morador de Entrada Rio Pequeno, o professor Adão Carvalho, de 66 anos, precisa atravessar uma ponte pênsil para chegar à estrada que liga a localidade até a zona urbana. O pontilhão mais próximo não está nem visível, encoberto pelas águas do Rio Pardinho. “Essa ponte foi recuperada depois de muito tempo. E foi importante. Nos períodos de cheia, o único jeito de sair de casa é pela ponte. Senão a gente ficaria ilhado”, explica. O secretário Claus lembra que o município enfrenta a terceira enchente em cinco meses. “Os prejuízos se acumulam, a gente sempre está correndo atrás. Não será fácil fechar as contas no final do ano. Estamos enfrentando problemas com frequência por causa das chuvas”, finaliza.
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