O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) prevê um aumento de até 10% no número de contratos de trabalhadores safreiros para o ano de 2021. O dado é projetado em cima do resultado obtido no ano passado, aliada à expectativa da safra colhida nas lavouras. Em 2020, mesmo em meio à pandemia do coronavírus e toda a restrição às aglomerações, foram 6,5 mil contratos sazonais de trabalhadores.
O presidente eleito do Stifa, Gualter Baptista Júnior, está otimista com a perspectiva para o ano. Com o tabaco já sendo entregue às processadoras, as contratações já tiveram início e devem ser graduais ao longo do primeiro semestre. “Até o mês de março teremos 30% do contingente sazonal contratado e até maio, apenas dois meses depois, as indústrias deverão estar em plena capacidade, com 80% dos trabalhadores sazonais já em atividade”, projeta Baptista Júnior.
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O otimismo apontado pelo presidente eleito do Stifa também é justificado pela qualidade do tabaco colhido nas lavouras. A pandemia do coronavírus não prejudicou em nenhum ponto a área plantada, segundo Baptista Júnior, e o tabaco produzido tem elevada qualidade, situação que coloca o produto nacional entre os melhores e mais valorizados no mercado internacional. “Isso faz com que esta safra empregue mais trabalhadores em suas linhas de produção. Com um produto de qualidade elevada, existe uma necessidade maior de mão de obra, e trabalhadores experientes. Os safreiros do tabaco preenchem este pré-requisito.”
Baptista Júnior explica que a retomada industrial, após as paradas da safra passada – causadas excepcionalmente pelas restrições de aglomerações nas linhas de produção – acaba contribuindo também para o crescimento no número de safreiros previsto para neste ano. “Assim, conseguimos calcular que o total de contratos sazonais em 2021 aumente entre 8 e 10% sobre o total da safra passada, algo em torno dos 600 a 700 vagas a mais do que no ano passado”, calcula o presidente eleito do Stifa.
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A importância do tabaco na economia
No primeiro semestre de 2020, quando houve a maior restrição ao contrato de trabalhadores e os profissionais incluídos nos grupos de risco acabaram sendo afastados do trabalho nas indústrias, o setor se manteve ativo, fechando o ano com bom volume de mão da obra contratada, com total de 6,5 mil safreiros nas empresas de Santa Cruz do Sul.
Em maio do ano passado, o total de funcionários nas linhas de produção – entre efetivos e sazonais – superou a marca dos 9.000 trabalhadores nas indústrias de tabaco do município. “Esta é uma evidência de que o setor do tabaco é de extrema relevância para o contexto econômico, se manteve forte e operando durante a pandemia. As empresas adotaram todos os procedimentos necessários para garantir a segurança dos trabalhadores, mas não deixaram de empregar e gerar resultado para as famílias que dependem desta atividade”, avalia o presidente eleito do Stifa, Gualter Baptista Júnior.
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