Após assembleia com os associados realizada nessa quarta-feira, 5, o Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul apresentou a proposta para o horário estendido de Natal deste ano. O planejamento é semelhante ao que já é praticado. No dia 18, um domingo, as lojas poderão funcionar até as 22 horas. Na segunda-feira, 19, horário normal, e de terça a sexta-feira, dias 20 a 23, horário novamente ampliado até as 22 horas. A principal mudança seria para o sábado, véspera de Natal, data em que o comércio poderá ficar aberto até as 13 horas. O próximo passo é a negociação com o Sindilojas Vale do Rio Pardo, instituição que representa os comerciantes.
A redução de jornada no dia 24 de dezembro, conforme a diretora de lojas do sindicato, Clair Pereira, é importante pois o Natal cai em um domingo. Dessa forma, os trabalhadores teriam somente esse dia para descansar, haja vista que na segunda-feira seguinte retornam à rotina normalmente. “Nós já verificamos que o consumidor santa-cruzense não precisa de mais tempo para comprar, precisa de dinheiro. Mas, como é tradição, estamos cumprindo e esperamos ser bem remunerados por isso”, disse em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.
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Outra demanda levantada pelos comerciários diz respeito ao transporte. Muitos deles moram ou têm familiares em outros municípios, de modo que trabalhar no dia 24 e no dia 31 de dezembro até as 17 horas tornaria mais difícil ou mesmo inviável o transporte para fora de Santa Cruz. “Após esse horário já não há mais ônibus para muitas cidades, então o trabalhador teria que ir no dia seguinte, que é o Natal ou Ano Novo, e nem poderiam aproveitar”, disse Afonso Schwengber, presidente do sindicato.
A entidade vai tentar ainda o retorno da folga na terça-feira de Carnaval, data considerada ponto facultativo. Segundo o presidente, o objetivo é que as negociações comecem ainda nesta quinta-feira, 6, e se estendam, no máximo, até o início de novembro, para que todos tenham tempo de organizar agendas e folhas de pagamento. Os trabalhadores receberão horas extras pelo período adicional trabalhado.
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Reajuste
Outro ponto a ser discutido durante as negociações é o reajuste salarial do comércio. Afonso destacou que o sindicato tem por costume não aceitar acordos que não cubram pelo menos a inflação oficial do período. No entanto, segundo ele, os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos sentem muito mais o impacto da alta nos preços. Por isso, a proposta da entidade é um reajuste que cubra a inflação mais um adicional de 5%. Ele lembrou que serão pelo menos três tentativas de negociação até o dia 31 de outubro. Se não houver definição até lá, o sindicato terá de recorrer à Justiça para não perder a data-base.
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