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OPINIÃO

Sinal de alerta para o Galo

Foto: Vinícius Molz Schubert/FC Santa Cruz

O Campeonato Gaúcho é cruel com os times do interior. Ainda mais com as equipes que sobem no ano anterior! É só olharmos para a tabela… Quais são os times que estão na zona do rebaixamento? Santa Cruz, como penúltimo, e Guarany de Bagé, na lanterna. Ambas as equipes com apenas um ponto conquistado até o momento. É a lógica. Equipes que vieram da divisão inferior tendem a ter maior dificuldade de performar quando retornam.

Deixo de lado agora o Índio da Rainha da Fronteira e foco no Galo. O Carijó por muitos anos figurou na elite do futebol do Rio Grande do Sul. Antes do rebaixamento em 2013, ficou uma década e meia disputando o Gauchão. Contudo, após o descenso, foram dez anos fora desse contexto, disputando a divisão de acesso e até amargando uma segundona, o que impactou toda a estrutura do clube.

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Corto para o excelente trabalho realizado pelas últimas direções. Um clube que parecia amaldiçoado, relegado a viver das lembranças dos áureos tempos, pouco a pouco foi se reerguendo, reunindo forças e conquistando. No final de 2020, o título da Copinha, em 2021, o título da segundona e, na temporada 2023, o título da divisão de acesso com o retorno para a elite. O Santa Cruz foi reorganizado, reestruturado para viver isso.

Volto para o presente. A temporada 2024 começa ainda no final da anterior, com o anúncio de Paulo Henrique Marques em setembro de 2023. O experiente treinador substituiu Daniel Franco, comandante que dirigiu o Galo na exitosa campanha do acesso. Confesso que fui pego de surpresa. O próprio Daniel foi, esperava seguir no projeto. Coisas do futebol que ficam nos bastidores e por ali morrem. Não sei exatamente o que houve, mas como diria Chicó, de Ariano Suassuna:
– Não sei, só sei que foi assim!

Bem, fato é que PH teve a árdua missão de construir, junto com a direção, um elenco competente para o retorno do Santa Cruz à elite. Acompanhei o trabalho de pré-temporada. Treinamentos fortes na busca por condicionamento e desempenho razoável nos amistosos. No entanto, nos três primeiros jogos do Gauchão as coisas não aconteceram. Nos dois primeiros embates fora, derrota para Juventude, por 1 a 0, e para o Novo Hamburgo, por 2 a 1.

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No último sábado, na estreia em casa, jogo morno e empate com o Guarany de Bagé, Uma pena o público abaixo do que seria esperado para esse momento histórico. Registrei no microfone e repito por aqui que lamentei mais ainda o silêncio ensurdecedor da torcida em alguns momentos. Estádio lindo, revitalizado, mais de R$ 350 mil investidos e pouca empolgação. É bem verdade que a atuação da equipe não ajudou. Placar final, 1 a 1, com pênalti perdido pelo centroavante Eduardo no último lance.

Espero que a torcida compreenda o momento e apoie mais. A redução no preço dos ingressos pela direção seria iniciativa importante. O time precisa evoluir, porque o sinal de alerta está aceso e urge a necessidade de vitória. Que ela aconteça na quinta-feira, 20 horas, nos Plátanos, agora contra o São José. Toda a cobertura você acompanha na Rádio Gazeta FM 107,9. Estarei por lá com meus colegas Rodrigo Vianna, Marcos Rivelino e Zenon Rosa, para contar cada detalhe para vocês!

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