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Sinal analógico será desligado na região em 2023

O sinal analógico de televisão será desligado em 107 municípios gaúchos até o fim deste ano. No Vale do Rio Pardo, os moradores ainda terão cinco anos para se preparar antes da mudança – exceto aqueles que residem em General Câmara ou Mato Leitão. Os dois municípios serão os únicos da região que irão passar pela desativação na semana que vem, junto com outras 87 cidades da Região Metropolitana, parte do Litoral Norte, Vale do Taquari e Serra.

Programado para ocorrer de forma fracionada, o desligamento do sistema nos demais municípios da região só será realizado no dia 31 de dezembro de 2023, data-limite para a substituição do sinal em todo o País. A diferença principal entre o sistema analógico e o digital, conforme o coordenador da Unisc TV, Jair Giacomini, está na qualidade da imagem. “O sinal analógico tem algumas restrições em termos de qualidade, enquanto no digital a imagem fica limpa e em alta definição.” 

Além da alta definição (que é o que designa a TV HD – ou High Definition, em inglês), a estabilidade da transmissão também é um diferencial do sistema digital. “Quando o sinal analógico não está 100%, é possível assistir com ruídos e chuviscos. Já na TV digital é diferente: ou o sinal estará impecável ou não vai funcionar, não existindo transmissão de má qualidade”, detalhou. De acordo com Giacomini, a chegada do sinal HD acarreta ainda mudanças na forma de produzir conteúdo. “Como a imagem digital tem uma definição superior, capta detalhes que no analógico não podiam ser vistos. Isso faz com que a produção dos programas, desde o cenário até a maquiagem, tenha que ser aperfeiçoada.”

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Embora ainda vá demorar um pouco para o sinal analógico sair do ar, alguns municípios já contam com o sinal digital. É o caso de Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz. Para desfrutar do sistema, segundo o supervisor técnico da RBS TV dos Vales, Gelson Ferreira, é preciso seguir quatro passos básicos: verificar se há o sinal na cidade, descobrir se a televisão é apta para receber a transmissão digital, instalar a antena correta e, quando for o caso, o conversor. Por último, fazer a busca pelos canais.

“O canal digital geralmente é o mesmo que a emissora já utilizava no analógico, acrescido de ‘ponto um’”, detalhou. Além da RBS, já têm canal digital disponível em Santa Cruz do Sul a Bandeirantes, Rede Vida, SBT, Record e TVE.

O que vai mudar

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Mais qualidade de imagem e som – Imagem e som serão transmitidos em alta definição (HD), dando fim aos chiados e chuviscos causados por interferências, independente da qualidade do aparelho de televisão e a localização do espectador (cidade, interior, ponto alto ou baixo da cidade).

Internet mais rápida – Além de melhorar a qualidade das transmissões televisivas, a promessa é que a mudança para o sinal digital deixe mais rápida e estável a internet 4G, usada em celulares, tablets e em laptops. É que, atualmente, o sinal analógico usa a faixa de 700 Mhz e o 4G percorre a frequência 2.6 Ghz, que é muito mais alta e navega com mais dificuldade. Quando o 700MHz for liberado, o 4G deve se expandir e oferecer uma cobertura até cinco vezes maior, já que essa frequência também chega melhor dentro de casas e construções. A mudança na navegação da internet deve ocorrer, em média, nove meses depois que o sinal analógico for desligado em cada região.

Mais interatividade  – A TV digital tem a potencialidade de acesso a diferentes funções e informações da programação em aplicativos específicos pelo controle remoto. Aplicativos de utilidade pública, como os de previsão do tempo e trânsito, também poderão ser acessados dessa forma.

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Tire suas dúvidas

  • Quando ocorre a mudança?

Em 2 de dezembro de 2007 foi inaugurada oficialmente a TV Digital no Brasil. São Paulo foi a primeira cidade a transmitir o sinal digital. No Rio Grande do Sul, 107 municípios vão passar pela adaptação até o final deste ano e os demais até o fim de 2023. O Vale do Rio Pardo está na lista de regiões que terão o sinal analógico desligado em 31 de dezembro de 2023.

  • O que fazer para continuar assistindo à televisão depois da mudança?

Para ter acesso à TV digital, o primeiro passo é saber se o aparelho de televisão recebe o sinal. As televisões de tubo e as “fininhas” que foram fabricadas antes de 2012 não dispõem desse recurso e precisam de um conversor digital. Televisões compradas a partir de 2012 já vêm com conversor integrado. Tanto no caso dos aparelhos que precisam de conversor quanto dos que já têm o dispositivo, é preciso instalar uma antena externa UHF para captar o sinal.

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  • Minha TV está mostrando um “A” no canto da tela. Tem relação com a TV digital?

Sim, um A no canto da tela significa que o televisor está operando no analógico e, portanto, deve ser substituído ou ganhar um conversor para transmitir o sinal digital. Quando o desligamento do sistema analógico acontecer, as TVs que não estiverem aptas a receber o digital não irão mais sintonizar em nenhum canal.

  • Onde comprar o kit?

É possível comprar em lojas de eletrônicos ou especializadas em antenas. Contudo, o supervisor técnico da RBS TV Santa Cruz, Gelson Ferreira, alerta para a presença de equipamentos de má qualidade no mercado. “O ideal é pedir indicação para alguém de confiança, um técnico, amigo ou vizinho que já tenha instalado e esteja satisfeito”, frisou.

  • Quanto custam esses equipamentos?

O conversor pode ser adquirido em média por R$ 80,00 e a antena na faixa dos R$ 100,00. O preço do kit completo fica na casa dos R$ 200,00. Beneficiários de programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, podem receber o kit de forma gratuita. Para isso é preciso acessar o site Seja Digital ou ligar para o telefone 147, tendo em mãos o Número de Identificação Social (NIS).

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  • Como faço para instalar?

A instalação deve ser feita por um profissional da área e deve garantir que o aparelho não fique sujeito a chuva e umidade próximo aos conectores, pois esse tipo de exposição pode fazer o sistema cair. A dica é a mesma para a hora de comprar o equipamento: procure referências de pessoas que já tenham feito a instalação ou algum técnico de confiança.

  • É preciso ter um conversor para cada TV analógica?

É possível conectar um conversor a mais de um aparelho (puxar um fio e fazer a conexão em rede), mas o canal digital sintonizado será o mesmo em todas as telas. Para que cada televisão possa sintonizar um canal diferente, é necessário ter um conversor para cada monitor.

  • Tem mensalidade?

Não, os canais que já são abertos continuam sendo gratuitos.

  • Para quem paga TV por assinatura, o que vai mudar?

Nada. Quem assina planos de televisão paga ou utiliza a parabólica não precisa se preocupar. Várias operadoras, inclusive, já trabalham com canais digitais e o desligamento do analógico não afeta o funcionamento.

O próximo desligamento no Estado ocorrerá dia 31 de janeiro em Alto Feliz, Alvorada, Araricá, Arroio do Meio, Arroio dos Ratos, Balneário Pinhal, Barão, Barão do Triunfo, Barra do Ribeiro, Bento Gonçalves, Boa Vista do Sul, Bom Retiro do Sul, Brochier, Butiá, Cachoeirinha, Campestre da Serra, Campo Bom, Canela, Canoas, Capela de Santana, Capivari do Sul, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Charqueadas, Cidreira, Colinas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Estrela, Farroupilha, Fazenda Vilanova, Feliz, Flores da Cunha, Garibaldi, General Câmara, Glorinha, Gramado, Gravataí, Guaíba, Harmonia, Igrejinha, Imbé, Imigrante, Ivoti, Lajeado, Linha Nova, Monte Belo do Sul, Montenegro, Morro Reuter, Nova Petrópolis, Nova Roma do Sul, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Osório, Palmares do Sul, Pareci Novo, Parobé, Paverama, Picada Café, Portão, Porto Alegre, Presidente Lucena, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Jerônimo, São José do Hortêncio, São José do Sul, São Leopoldo, São Marcos, São Sebastião do Caí, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taba, Tapes, Taquara, Taquari, Teutônia, Tramandaí, Três Coroas, Triunfo, Tupandi, Vale Real, Veranópolis, Viamão, Westfália, Xangri-Lá.

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