Muitos ainda não entendem bem o que são Estudos de Futuros. Estudar o futuro significa interpretar sinais de mudanças que se manifestam em diferentes intensidades, cruzar impactos, analisar oportunidades, projetar futuros alternativos para criar uma visão de impacto de longo prazo, que engaje pessoas e a sociedade em projetos para transformar o mundo no futuro.

Reforço que o futuro não é previsível, mas quando inserimos o futuro na pauta do dia a dia, podemos acertar mais do que errar nas decisões do presente, porque o trabalho é feito com metodologias robustas e pragmáticas. Foresight une sonhos com decisões que dão sentido às ações de curto e médio prazo.

E como pensar no longo prazo? Mesmo no campo da inovação, para onde, por que e como chegaremos no futuro desejado há uma lacuna de respostas. A maioria das visões de futuro é muito frágil e pouco sustentável. O futuro não é uma continuidade óbvia do presente. Precisamos saber como viajar para o futuro e, de lá, olhar para o presente para acelerar a construção do que queremos.

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O ano termina cheio de ruídos, incertezas e novas incógnitas. Meus alertas sobre o futuro têm sido bem precisos. Sem a pretensão de fazer adivinhações, falei em 2020 que o equilíbrio da vida pós pandemia seria apenas a partir de 2023. Muitos, chocados, me diziam: imagine!

É só observar, 2022 ainda não será estável. Teremos muitos assuntos que prometem continuar estremecendo o mundo: clima, política, mudanças, novidades, restrições e economia com projeções nada otimistas. Entramos na era da economia de crescimento lento. A velocidade de antes não será a dos próximos anos e a riqueza estará na força de trabalho e no capital social. Grandes indústrias perdem espaço e milhares de pequenos negócios podem ganhar tração.

O mundo terá que investir em energia renovável, tratar dos resíduos, fazer melhor uso da água, diminuir o desmatamento e o consumo de tudo poderá ser reduzido. 65% das pessoas devem sair das cidades grandes nas próximas décadas, mas não podemos levar o caos de grandes centros para nossos santuários do interior, muito já maculados pelo descuido geral.

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Em 2022, o trabalho será mais remoto do que presencial, o clima será o grande tema, a vida saudável estará por tudo, com aumento maior ainda de alimentação vegana e orgânica, viagens restritas e um mundo de negócios enxuto, remoto em sua maior parte.

O jeito híbrido de viver ficará mais intenso. Mais e mais startups surgirão e empresas tradicionais terão cada vez menos espaço e mais problemas na mudança de modelo e de cultura.

Mais pessoas estarão interessadas em visões de longo prazo e no que vem depois do digital e da inovação. O consumidor cada vez mais uberizado, os intermediários devem começar a cair fora, automação acelera e haverá mais desemprego.

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E não teremos mais tempo. Cada um terá que assumir a responsabilidade pela sua qualificação.

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