A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar nas eleições para presidente da República no primeiro turno, com 4,2% dos votos válidos, declarou apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Ela fez uma declaração pública à imprensa na tarde dessa quarta-feira, 5, em São Paulo. O apoio da senadora é individual, já que a executiva nacional do MDB decidiu pela neutralidade na fase final das eleições presidenciais.
“Depositarei nele o meu voto, porque reconheço, no candidato Lula, o seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”, destacou. A senadora, que obteve quase 5 milhões de votos, afirmou que o momento do país não permite omissão. “Não anularei meu voto, não votarei em branco, não cabe a omissão da neutralidade. Há um Brasil a ser imediatamente construído, a ser imediatamente reunido”. Tebet fez questão de dizer que mantém as críticas feitas a Lula e a Bolsonaro nas eleições.
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O ex-presidente Lula não participou do anúncio de Tebet porque ele tinha uma reunião com governadores e senadores. Pela manhã, a senadora se encontrou com o candidato à vice na chapa, Geraldo Alckmin, e depois almoçou com Lula, na casa da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que é do MDB.
Durante pronunciamento de apoio a Lula, Simone Tebet elencou um rol de cinco projetos que pretende que sejam incorporados à campanha petista. Eles incluem apoio de o governo federal para municípios zerarem filas na educação infantil para crianças de 3 a 5 anos e para que os estados implantem ensino médio técnico em tempo integral, premiando com uma poupança os jovens que concluírem o ensino médio, no valor de R$ 5 mil por aluno. Também propôs que o governo federal zere a fila de consultas e cirurgias eletivas, atrasada durante a pandemia, e resolva o problema do endividamento das famílias que ganham até três salários mínimos.
A senadora ainda propôs que, se eleito, Lula sancione lei para igualar salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo semelhante, as mesmas funções e nomeie um ministério plural formado por homens, mulheres, pessoas com deficiência e negros e negras.
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FHC
Outro apoio recebido pelo ex-presidente Lula nesta quarta foi a declaração de voto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), adversário histórico do PT nos anos 1990. “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, anunciou FHC nas redes sociais. Lula agradeceu a mensagem do ex-adversário político. “Pela democracia e pela inclusão social. Obrigado pelo seu voto e confiança. O Brasil precisa de diálogo e de paz”.
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PDT
O candidato do PT à Presidência também se reuniu com o presidente do PDT, Carlos Lupi. Nessa terça-feira, 4, o partido, que havia lançado Ciro Gomes para concorrer ao Palácio do Planalto, anunciou apoio à candidatura de Lula.
Ao lembrar de momentos ao lado de Leonel Brizola, um dos fundadores do PDT, Lula destacou a história conjunta dos dois partidos. “O PDT e o Ciro valem muito mais do que os votos que tiveram. Valem pela história, pelo compromisso com essa luta, por coisas que já fizeram pelo Brasil”, disse durante o encontro.
Lupi ressaltou a importância da candidatura de Lula. “Queria dizer que o senhor representa hoje a esperança do povo brasileiro. Esperança de melhores dias”.
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Ciro obteve cerca de 3% do total de votos no primeiro turno das eleições.
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Governadores
Ainda nesta tarde, Lula recebeu em São Paulo diversos governadores aliados, que declararam apoio ao ex-presidente na disputa de segundo turno. Estiveram presentes nomes como as governadoras Regina Sousa (Piauí), Izolda Cela (Ceará) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), os governadores Rui Costa (Bahia), Carlos Brandão (Maranhão), Clécio Luís (Amapá), Paulo Câmara (Pernambuco), Helder Barbalho (Pará), Paulo Dantas (Alagoas) e João Azevedo (Paraíba). Também estiveram presentes governadores que foram eleitos no primeiro turno, como Rafael Fonteles (PT), no Piauí e Elmano de Freitas (PT), no Ceará.
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