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Sim, temos notícias positivas

Há muito tempo critico o excesso de notícias negativas que se lê, ouve e assiste no cotidiano. Longe de defender uma cobertura “cor-de-rosa”, mantida exclusivamente por conteúdos elogiosos, gostaria de presenciar um maior equilíbrio entre fatos lamentáveis e informações positivas.

Costuma-se argumentar que “notícia ruim vende mais”; ou seja, que divulgar conteúdos de corrupção, crimes hediondos e escândalos garante maiores índices de leitura e de audiência na mídia. Contesto esta postura porque existe um volume infinitamente maior de narrativas pessimistas. Por isso, é difícil estimar o que realmente o público prefere consumir.

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Na última segunda-feira (1°/7), o Jornal do Comércio, de Porto Alegre, no seu suplemento “Empresas & Negócios”, publicou a matéria intitulada “Empresa gaúcha apresenta talheres inclusivos”. Trata-se da Tramontina, empresa que orgulha os gaúchos, presente em todo o mundo e conhecida por seus produtos inovadores e de qualidade. Em parceria com a Zon Design, a indústria da Serra do Rio Grande do Sul desenvolveu produtos adaptáveis para pessoas portadoras de dificuldades motoras.

A iniciativa merece aplausos porque permite a alimentação de pessoas que possuem doença de Parkinson e outras limitações que comprometem a estabilidade da coordenação motora provocadas por tremores. “Os talheres são discretos e elegantes, e o kit é composto por estojo, o que facilita seu uso inclusive fora de casa”, informa Marcos Grespan, diretor da Tramontina. Neste contexto, recentemente, a empresa também lançou produtos voltados a crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). É um olhar que merece elogios por considerar todo o tipo de público.

Na busca incessante de notícias positivas também descobri outra, que envolve o emprego de 80 apenados do regime semiaberto em Viamão, município localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre. A iniciativa resulta de convênio firmado entre a Prefeitura e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Polícia Penal. Não se trata de uma ação inédita porque vários municípios já empregam a mão de obra de apenados, mas merece destaque positivo que serve de estímulo a outras comunidades.

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Homens e mulheres privados de liberdade em regime semiaberto trabalharão na zeladoria da cidade. Eles realizarão serviços de limpeza de praças, ruas, escolas, unidades de saúde, ginásios e pintura de meios-fios. Haverá, ainda, a inclusão de pessoas com deficiência e transgêneros. A experiência vai contribuir para que as pessoas privadas de liberdade possam reabilitar-se e voltar ao convívio social, além de terem redução de pena.

São apenas duas notícias, mas que comprovam que, com boa vontade e pesquisa, é possível destacar iniciativas louváveis e positivas.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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