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COOPERATIVISMO

Sicredi Vale do Rio Pardo celebra 105 anos de fundação

Foto: Otto Tesche Gazeta do Sul

Direção apresentou dados sobre as realizações desde 1919 e também destacou a atuação em momentos críticos, como na pandemia

O Sicredi Vale do Rio Pardo realizou um encontro com a imprensa na noite de terça-feira, 24, na sede administrativa em Santa Cruz do Sul, para celebrar os 105 anos de cooperativismo, comemorados no último sábado. O momento também serviu para apresentar dados sobre as realizações de sua história, desde a fundação em 1919, a retomada e a primeira Central em 1980, além da livre admissão de associados a partir de 2003 e os momentos difíceis e de trabalho humanitário, como durante a Covid-19 e as enchentes de maio no Estado. A direção apresentou ainda resultados econômicos e socioambientais.

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O presidente do Sicredi Vale do Rio Pardo, Heitor Petry, destacou que o encontro serviu para lembrar do legado de 105 anos da entidade e fatos marcantes em sua história; entender o momento atual e apresentar indicadores referenciais, além de lançar um olhar para o futuro.

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Petry explicou que os antepassados criaram a cooperativa dentro de outra realidade, de extrema carência. Com a evolução da sociedade e da economia, hoje as atividades remetem a atender às necessidades dentro do ramo financeiro. A lógica é fazer parte de uma força motriz para gerar prosperidade na região e fortalecer a economia local.

Além de agregar valor para os associados, as atividades da cooperativa revertem em investimentos em programas sociais, desenvolvidos em parceria com diversas entidades, assim como na Educação. “Acreditamos piamente que uma sociedade só se transforma por meio da educação”, destacou Petry. Por isso o Sicredi procura investir no setor, em parceria com escolas públicas e privadas, com atividades de educação financeira, cooperativas escolares e formação cooperativada.

Atualmente, a Sicredi está presente em 2 mil municípios de todo o Brasil, com 104 cooperativas, 2,7 mil agências e mais de 8 milhões de associados. São R$ 356,6 bilhões de ativos totais, R$ 224,2 bilhões de carteira de crédito e R$ 39,4 bilhões de patrimônio líquido.
No Rio Grande do Sul há 38 cooperativas, 679 agências em 483 municípios e mais de 2,6 milhões de associados, com R$ 112,2 bilhões de ativos totais, R$ 58,2 bilhões de carteira de crédito e R$ 15,3 bilhões de patrimônio líquido.

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O Sicredi Vale do Rio Pardo passou de 29,6 mil associados em 2006 para 67,5 mil em 2023. O volume de ativos administrados pela entidade cresceu de R$ 220,8 milhões em 2010 para R$ 2,15 bilhões em 2023. O quadro de colaboradores atualmente é de 317 pessoas, dos quais 73% são mulheres e 27% homens.

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Presente em nove municípios da região, ainda este ano o Sicredi vai inaugurar uma nova agência em Santa Cruz do Sul. No dia 14 de dezembro, dentro da programação dos 200 anos da imigração alemã no Estado e dos 175 anos no município, ocorrerá a abertura da unidade em Linha Santa Cruz, construída no estilo enxaimel.

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Associados afetados pela enchente

As cooperativas, historicamente, apresentam crescimento em tempos de crise em qualquer parte do mundo, pelo fato de que as pessoas criam e se associam buscando melhores condições de vida e a solução de necessidades locais. Isso também ocorreu durante o período da Covid-19, quando o Sicredi atuou em várias frentes no Rio Grande do Sul para preservar vidas, empregos e empresas. Um dos auxílios prestados foi a doação de R$ 20 milhões para a compra de respiradores.

Da mesma forma, mais de 2 mil associados foram afetados pelas enchentes do fim de abril e maio deste ano. Em torno de R$ 90 milhões foram alocados pela cooperativa até o momento, para investimento em mobiliário, ações para pessoas jurídicas, educação, reconstrução de pontes em Sinimbu, apicultura, pecuária e hortigranjeiros. Uma das contribuições da cooperativa para viabilizar a retomada das atividades de associados foi a distribuição de mudas de hortaliças, entrega de biofertilizantes, transporte, alimentação, repasse de sementes para pecuária e entrega de caixas para abelhas.

No encontro de terça-feira à noite, a jovem produtora rural Lidiane Frantz, da localidade de Andrade Neves, distrito de Monte Alverne, apresentou um relato do impacto da enchente e a importância do apoio do Sicredi, com o repasse de mudas de hortaliças. Ela cultiva em parte da propriedade da família os produtos que vende na Feira Rural de Monte Alverne. O grande volume de chuva prejudicou a produção e o apoio do Sicredi viabilizou a retomada das atividades em menos tempo, beneficiando também os consumidores.

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