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Filme

Shane Black reinventa o cinema de duplas em ‘Dois Caras Legais’

Existem trailers que, como se diz, entregam o ouro. O de Dois Caras Legais é um deles. A comédia de ação de Shane Black estreou na quinta, 21, mas o espectador que assiste às trapalhadas de Ryan Gosling ou vê Russell Crowe bater no colega de elenco, com certeza pensa – ‘Já vi isso.’ E viu mesmo. No trailer, e também nos filmes de ação que fizeram a glória de Shane Black. Nos anos 1980, ele era o homem por trás de megassucessos e filmes que mudaram os standards de ação do cinemão. Basta pensar na série Máquina Mortífera, de Richard Donner, com Mel Gibson e Danny Glover – ele escreveu os quatro filmes. Em Predador, de John McTiernan, com Arnold Schwarzenegger, foi ator – e se lhe interessa saber ele escreve e dirige o remake do filme antigo, previsto para 2017.

Black estreou como diretor com Beijos e Tiros, em 2005, e o longa passou no Festival de Cannes. Onze anos mais tarde, ele voltou a Cannes para mostrar, em maio, fora de concurso, Dois Caras Legais. Entre ambos, escreveu (e dirigiu) Homem de Ferro 3 Em Cannes, Black confessou que nunca houve outra motivação para Dois Caras Legais que não o desejo de retomar os velhos filmes de duplas dos anos 1980, e também aquelas histórias de detetives que, nos 50 e 60, eram a base das ‘pulp fictions’ que faziam sucesso como leitura de aeroporto. Na trama, Russell Crowe faz o cara truculento e de maus bofes, do tipo que bate antes de perguntar, que se junta ao apalermado Ryan Gosling ao descobrir que ambos investigam o mesmo caso – de uma garota que desaparece na indústria pornô de Los Angeles, nos 1970.

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Mais gente está desaparecendo e a intriga, lá pelas tantas, aponta para uma daquelas teorias de conspiração envolvendo o governo norte-americano. Crowe segue batendo, Gosling segue apalermado – mas bem espertinho quando o negócio é se infiltrar na indústria do sexo hard da Califórnia. De novo, kiss kiss, bang bang. Beijos e tiros. Black contou que escreveu o primeiro roteiro com Anthony Bagarozzi em 2001, antes de Beijos e Tiros. Não deu em nada. Em 2006, eles retrabalharam o roteiro e o apresentaram à CBS como piloto de série, e de novo não houve interesse. Em 2014, tentaram mais uma vez e Black, afinal, estava na crista da onda com Homem de Ferro 3. Não foi o que ajudou, e sim o fato de o roteiro ir parar nas mãos do agente de Gosling, que imediatamente fez saber a Black que aquele era o tipo de material que Ryan estava buscando.

Com Ryan, veio Russell. O filme se fez, passou em Cannes, a crítica de todo o mundo elogiou, como comédia de ação – e agora está em cartaz. De cara, para situar a época, rola Papa Was a Rollin’ Stone. O resto é cafajestada. Black olha os anos 1970 sem nostalgia. Só o que quer saber é de ‘fun’, diversão. Boa sessão.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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