A sexta-feira 13 mexe com o imaginário das pessoas e carrega má fama. Até eventos marcados para a data recebem uma atenção diferente. Sem contar os cuidados que muitos têm para evitar situações indesejadas que, segundo a crença popular, tendem a ser mais propícias nesse dia.
A verdade é que não há uma comprovação sobre o assunto. Para Cida Fontana, praticante de bruxaria, coincidências do passado, antes mistificadas como algo mágico, podem ter sido determinantes para que a sexta-feira 13 se tornasse uma crença popular.
“Dentro dos mais de 20 anos em que estudo bruxaria, não existe nenhuma passagem ou corrente que fale de sexta-feira 13. Bruxaria está ligada à natureza. Ainda assim, é sabido que existem teorias que relacionam a data com explicações mitológicas”, afirma.
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Além dessas explicações, a sexta-feira teria sido o dia em que Jesus foi crucificado. Sobre o 13, existe um embasamento lógico em relação ao número: é o que segue o 12, o número integral, da completude. 12 são os meses do ano, os signos do zodíaco; 12 eram os apóstolos de Cristo e as tribos de Israel.
Portanto, o 13 vem desmantelar essa perfeição, trazendo perigo e preocupação. A crença é tão popular que há uma denominação para a pessoa que têm uma fobia específica de sextas-feiras 13: parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.
Embora diga que não tem medo da data, Tamires Stein, de 29 anos, não mede os cuidados. “Sexta-feira 13 é um dia diferente, complicado, cheio de receios e aquela velha sensação de que alguma coisa vai dar errado. Eu, como uma pessoa supersticiosa, não passo debaixo de escada e fico apavorada se quebro um espelho justo nesse dia. Não que eu acredite, mas pra que dar sorte pro azar”, comentou a santa-cruzense.
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O conceito estabelecido na sociedade é fruto dela própria, na opinião da praticante de bruxaria Cida Fontana. “Somos cocriadores da realidade, então, se todo mundo pensa e todo mundo vibra uma energia, logo estaremos vivenciando isso. As pessoas acabam embarcando nesse conceito”, analisa ela, que é proprietária da loja Mercado da Bruxa.
A proximidade da sexta faz com que as pessoas procurem os produtos no estabelecimento. “Nunca quantificamos se aumentamos as vendas próximo das sextas-feiras 13, mas sempre ouvimos as pessoas na loja comentando que vão se precaver para a data.”
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PARA OS SUPERSTICIOSOS
Embora não credite má sorte à data, Cida Fontana dá dicas para os mais supersticiosos, como Tamires. “Independente de ser sexta-feira 13, é sempre importante purificar o ambiente e mandar a energia negativa embora. Isso pode ser feito através de um incenso ou mesmo com um amuleto de proteção.”
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Para Cida, as energias negativas são como bactérias. “Se a gente não tratar uma bactéria, ela vai de ti para o teu ambiente, para a outra pessoa e assim por diante. À medida que a gente vai limpando isso, traz mais equilíbrio. Se a gente tem tanto cuidado com o nosso corpo físico, por que não cuidar também do espiritual?”, questiona a praticante de bruxaria.
“Comercialmente, poderíamos nos aproveitar da data para sugerir que as pessoas devam comprar produtos para tirar a má sorte, mas não é a nossa crença”, salienta. Independentemente das convicções de cada um, que a sua sexta-feira 13 seja bem aproveitada. Depois dessa, só em novembro de novo!
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