Uma nova etapa da pesquisa Epidemiologia da Covid-19 no Rio Grande do Sul (Epicovid-19) será realizada nestes sábado, 25, domingo, 26, e segunda-feira, 27, em Santa Cruz do Sul. Lançada no início de abril, a pesquisa que busca estimar o número de pessoas que já contraíram o coronavírus no Estado chega a sua sexta rodada.
Novamente serão aplicados 4,5 mil testes rápidos, seguidos de uma breve entrevista sobre ocorrência de sintomas, busca por assistência médica e rotina das famílias em relação às medidas de distanciamento social. Encomendado pelo Governo do Estado junto à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o estudo mapeia os casos da doença e acompanha a velocidade de disseminação do contágio entre os gaúchos.
O objetivo é visitar 500 domicílios e, além de Santa Cruz, participam da pesquisa os municípios de Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana. A seleção das residências e dos moradores ocorre por um sorteio, de forma aleatória, com base em dados do IBGE. Para a realização do exame, os entrevistadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante. A amostra é analisada pelo equipamento de testes em aproximadamente 15 minutos.
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Avanço da doença
Os resultados da última rodada, divulgados no final de junho, já identificaram o avanço da pandemia. Na oportunidade, o estudo estimava que cerca de 53 mil pessoas, equivalente a 0,47% da população gaúcha, tivesse anticorpos para a doença. O dado representa um gaúcho infectado para cada 214 habitantes.
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“Essa nova etapa da pesquisa deverá retratar o início do período que já prevíamos como o mais crítico do avanço da Covid-19, tanto no número de casos confirmados quanto da sobrecarga nos serviços de saúde. Essa radiografia do momento será fundamental para nos orientar nos próximos passos”, destacou a coordenadora do Comitê de Dados do governo, Leany Lemos, que também lidera a equipe técnica responsável pelo monitoramento dos indicadores do modelo de Distanciamento Controlado.
A quinta etapa do estudo apontou ainda uma queda no índice de isolamento no intervalo de um mês, já que apenas 12,7% dos entrevistados disseram estar sempre em casa. No final de maio, eram 14,5%.
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“O diferencial do estudo é realizar esse levantamento global, incluindo pessoas sem sintomas, e observar as mesmas cidades ao longo do tempo. A sexta etapa vai nos permitir conhecer a realidade do avanço do coronavírus nas diferentes regiões, neste momento de aceleração de casos e internações no Estado”, diz a epidemiologista Mariângela Freitas da Silveira, que participa da coordenação do estudo na UFPel.
A pesquisa tem apoio das secretarias de Saúde e dos órgãos de segurança dos municípios. Em caso de dúvida, os participantes podem entrar em contato com a Guarda Municipal ou Brigada Militar para obter informações sobre as visitas às casas.
Além da etapa deste fim de semana, o cronograma prevê mais duas rodadas: a sétima deve acontecer de 22 a 24 de agosto, e a oitava, de 26 a 28 de setembro. “As datas vão depender da prevalência que encontrarmos na atual fase. Se os percentuais ficarem acima de 1%, o intervalo entre as coletas será de três semanas; se ultrapassar 5%, reduzimos para duas semanas”, explica a coordenadora.
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Parceiros
O estudo envolve uma rede de 12 universidades públicas e privadas: Imed, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade de Passo Fundo (UPF), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade La Salle (Unilasalle) e Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí).
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Os financiadores do projeto são a Unimed Porto Alegre, o Instituto Cultural Floresta, também da capital, e o Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro. Os resultados são divulgados por integrantes da coordenação do estudo e do governo estadual em aproximadamente 48 horas após a finalização da coleta de dados.
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