Orlando é um dos assinantes mais antigos do jornal e dedica uma hora por dia para a leitura. Também fica ligado na Rádio Gazeta
Orlando Francisco Pick completou 87 anos nessa quinta-feira. Apesar de utilizar uma bengala para se locomover, a vitalidade do santa-cruzense morador do Bairro Aliança impressiona. Após a perda da esposa Iria, há três anos, a maior parte do tempo é agora aplicada no cultivo de verduras e legumes, em frente à casa onde mora, na Rua Barão do Arroio Grande.
No ano passado, em agosto, Orlando foi personagem de uma matéria na Gazeta do Sul justamente pela beleza da horta, mantida sem uso de agrotóxicos. Ele também aproveita o inverno para vender lenha à clientela dos arredores. Pai de seis filhos, dois já falecidos, também é avô de 15 netos e bisavô de 11 jovens.
Segundo ele, o aniversário será comemorado somente em outubro, com o avanço da segunda dose da vacinação. Seu Orlando também tem outro segredo para manter a vitalidade. É um dos assinantes mais longevos da Gazeta do Sul. Desde 1957, mantém o hábito de ler o jornal diariamente. “Durante uma hora por dia, pela manhã, pego o jornal e leio tudo”, afirma.
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Orlando não tem preferências por editorias, mas, gremista, admite um gosto especial pelo esporte. Inclusive, nunca perde as jornadas esportivas da Rádio Gazeta e o programa Redação Interativa, no começo da noite, já na hora do descanso, após a lida na terra, com os pés livres das botas de borracha. “Estou sempre acompanhando as notícias. Fico bem informado pela Gazeta”, relata.
A vida de Orlando sempre esteve ligada ao meio rural. Desde os 14 anos, trabalhou na agricultura e na ordenha de vacas de leite com a família. Mais tarde, passou a dirigir o caminhão-tanque de um laticínio para carregar o leite dos produtores da região. Permaneceu na atividade durante 27 anos.
De lá para cá, a paisagem do Bairro Aliança mudou bastante. Orlando conta que havia um mato de eucaliptos em frente, onde hoje existem várias residências e um supermercado. A família arrendava uma área onde está localizado o Parque São Luis. Ao lado da casa, um loteamento foi aberto recentemente. “Morávamos no interior, mas agora a cidade já chegou até aqui”, brinca.
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