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SANTA CRUZ

Setores da economia cobram plano de ação para trabalhar

Foto: Guilherme Athayde

Manifestação representa os diversos setores da economia de Santa Cruz do Sul

Na esteira das manifestações ocorridas na quinta-feira, 3, quando diversos setores da economia organizaram atos públicos em vários municípios do Estado contra as novas limitações impostas para a atividade econômica, representantes do ato em Santa Cruz do Sul buscaram ressaltar que não se trata de uma demanda apenas do setor de eventos, mas de músicos, proprietários de bares e pubs, empresas de turismo, hotelaria e muitos outros.

Eles cobram das autoridades mais coerência na definição dos protocolos e um plano de ação para poderem trabalhar com mais tranquilidade. Uma comitiva formada por três representantes do grupo visitou a Gazeta nessa sexta-feira, 4, concedendo entrevistas tanto à Gazeta do Sul quanto à Rádio Gazeta FM 107,9.

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A empresária Kátia Hermes, uma das articuladoras do ato em Santa Cruz, explicou que o pedido não é para acabar com as regras, mas sim permitir que todos os tipos de profissionais possam voltar a atuar. “Nós queremos trabalho sim, mas com segurança. Ninguém está querendo ficar doente ou difundir a doença e encher os hospitais. Queremos que o decreto esteja alinhado com todas as possibilidades de trabalho, respeitando a nossa saúde e a do próximo”, frisou. Kátia acrescentou que quando um setor é impedido de trabalhar, os efeitos não são sentidos somente por seus profissionais, mas toda a economia do município acaba sendo afetada pelo menor volume de dinheiro em circulação.

Representante da categoria na manifestação, o músico Ricardo França também cobrou do Piratini mais clareza nas decisões. “O nosso governador proibiu a música (ao vivo) sem embasamento nenhum. Acredito que seja preciso ter uma equipe técnica para proibir o trabalho do músico num decreto desses, que permite seis pessoas numa mesa e não permite um músico no palco, com a alegação de que a música alta vai proliferar o vírus”, questiona. Segundo ele, o objetivo é que as autoridades criem um plano de ação, possibilitando e legitimando a atuação dos profissionais.

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Outro setor afetado é a dos bares, pubs e restaurantes. Conforme o empresário Henrique Dopke, a situação é considerada crítica pelos proprietários desses estabelecimentos, que, apesar de não terem a operação proibida, trabalham com horário reduzido. Ele critica também os eventos clandestinos que vêm ocorrendo em diversos municípios da região. “Operamos até as 22 horas e, após isso, as pessoas muitas vezes não vão para casa. Vão para chácaras e outros lugares, onde a fiscalização acaba não conseguindo atender em função da alta demanda, e aí sim é que ocorre a disseminação do vírus”, salienta.

Uma nova manifestação envolvendo diversos setores está marcada para segunda-feira, 7, em Porto Alegre. Na Capital, igualmente estava programado um movimento para a tarde dessa sexta-feira, reforçando as mesmas demandas desse setor.

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