A projeção de aproximar a safra 2021/22 das 570 mil toneladas nos três estados do Sul do Brasil deve se confirmar, a se repetir em outras propriedades o que ocorre na de Silvio Haas, na localidade de Max Bruhns, em Passo do Sobrado. Ele aguarda a pesagem, mas pelo que tem percebido deve atingir a expectativa de produtividade – em torno de 2,4 mil quilos por hectare.
Com 6 hectares dedicados ao tabaco, terminará a colheita antes do fim do ano. “Plantei no dia 10 de agosto; quem plantou em julho, conseguiu ainda melhores resultados”, destaca, referindo-se à interferência do clima. Se atrapalhou um pouco na quantidade ou desenvolvimento da planta, a falta de chuva dos últimos meses não interferiu em nada na qualidade. Haas e a esposa Lucinéia conseguirão um produto que deve oferecer especial rentabilidade.
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Para garantir a colheita em tempo ideal, contrataram a mão de obra de empreiteiras. São cinco pessoas que trabalham até completar a estufa. “A que contratamos é de Rio Pardo. Está muito difícil conseguir mão de obra atualmente”, afirma. Ele entende que esse é um dos principais motivos para eventual redução da área plantada com tabaco, assim como o alto custo para produção, representando um lucro menor. Os valores dos insumos tiveram acréscimo significativo, em alguns casos mais do que dobrando.
Enquanto Haas pensa em qual será o rendimento de sua propriedade, ocorrem as reuniões para definição dos valores a serem pagos pelo produto. Os encontros continuam nesta terça-feira, 21, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), feitos de forma individual com as empresas fumageiras. A base para a definição é a apuração do custo de produção, que foi levado em conta por sete das oito indústrias que participam da negociação.
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As empresas anteciparam a compra do tabaco, começando já em novembro e utilizando valores da última safra. A diferença é acrescentada a partir das definições das reuniões que ocorreram nessa segunda-feira e seguem nesta terça na Afubra. Os Haas, no entanto, optam pela venda tardia, o que pode representar um resultado mais positivo. “No último ano, deu certo e conseguimos uma boa venda. No outro não foi tão bom. Acabamos perdendo um pouco, mas é dessa forma que fazemos”, diz Silvio. Em sua propriedade, negocia com três fumageiras.
Neste período em que se aproxima a retirada final do tabaco da lavoura, começa a preparação da terra para plantar soja. A colheita é feita em parceria com outro produtor da localidade, que tem maquinário. “Eu faço serviços de trator na terra dele e ele me ajuda na colheita aqui”, explica. Silvio Haas representa a terceira geração da família no setor fumageiro, depois do avô e do pai.
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