Da mesma forma que causou surpresa, a decisão dos britânicos de deixar a União Europeia também gera um sentimento de cautela nos setores que mantêm negociações com o Reino Unido, como o do tabaco. Enquanto aguardam a confirmação ou não da saída, aprovada pela população em referendo, representantes do setor fumageiro veem com incerteza os possíveis impactos dessa medida. No ano passado, o embarque de 8.160 toneladas de tabaco brasileiro para o Reino Unido resultou em US$ 35,5 milhões de resultado financeiro.
Líder mundial em exportação do produto, o Brasil tem como principal mercado a União Europeia. Em 2015, 43% do total de embarques foi para o bloco, conforme dados divulgados pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco). Pelas Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio, divulgados pelo Ministério da Agricultura, o Reino Unido aparece em sexto entre os destinos da União Europeia que mais importam o tabaco brasileiro.
Nesse contexto, entre os representantes do setor a sensação é de que é preciso aguardar o mercado se acomodar para indicar uma posição mais concreta. Embora a provável desvalorização da libra esterlina possa levar a um impacto negativo no valor pago pelos volumes importados, a necessidade de obter o tabaco vai ditar as negociações. “Eles precisam do produto, então, têm que importar. Não há como produzir. Acredito que o tabaco não sofreria consequências mais graves”, avalia o secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider.
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EMBARQUES
517 mil toneladas de tabaco brasileiro foram exportadas em 2015
2,19 bilhões de dólares foi o resultado dessas negociações
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8.160 toneladas de tabaco foram enviadas ao Reino Unido em 2015
35,5 milhões de dólares foi o valor pago por esse volume exportado
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