Em uma região como Santa Cruz do Sul, que tem a indústria do tabaco como grande impulsionadora da economia e do desenvolvimento, um trabalho que se torna fundamental é o realizado pelos safreiros, que são os empregados contratados sazonalmente, todos os anos, para atuar nas empresas durante a safra do tabaco.
Gualter Baptista Júnior, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), diz que há muito a ser destacado sobre o papel desse agente. “O Brasil não teria uma safra de tabaco sendo fornecida para o mundo se não houvesse essa mão de obra, que é muito importante. 80% da mão de obra dessas indústrias é sazonal. São pessoas que talvez o mercado de trabalho não conseguisse absorver na sua totalidade por uma série de razões, seja por questões de escolaridade ou por idade, e outra série de fatores. O papel do safreiro é muito relevante para a continuidade dessa cadeia do tabaco.”
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O presidente do Stifa salienta que, ao longo dos anos, direitos foram conquistados. “Hoje os safreiros têm cesta básica, piso salarial, tudo isso também entra na negociação e o Sindicato representa dessa forma, levando e buscando mais direitos para essa categoria”, explica Gualter. Em Santa Cruz do Sul, alguns bairros, principalmente os mais próximos ao Distrito Industrial, foram formados por pessoas que vinham para a região a fim de trabalhar como safreiros. Isso mostra a força dessa atuação sazonal para o desenvolvimento do município.
Gualter afirma que Santa Cruz é o polo das empresas fumageiras, onde estão instaladas as mais variadas indústrias. “Essa migração ao longo dos anos se estabeleceu na cidade, e é extremamente relevante que a indústria possa absorver essa mão de obra para dar continuidade à tal empregabilidade. Mesmo que seja uma sazonalidade, o fato é que outros setores da sociedade e segmentos econômicos não absorvem essa quantidade de pessoas sazonais que vieram para cá e se estabeleceram aqui.”
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Neste ano, cresceu em 5,3% a contratação de safreiros em comparação a 2022, de acordo com o Stifa. Os dados apontam que, até semana passada, 12.640 pessoas foram contratadas, enquanto em 2022 foram registradas 12 mil contratações. O número é ainda maior se comparado a 2021, quando foram contratados aproximadamente 11 mil trabalhadores.
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