A colheita do tabaco no Rio Grande do Sul foi aberta oficialmente na tarde dessa terça-feira, 6, em uma cerimônia na localidade de Campos Quevedo, no interior de São Lourenço do Sul. Estiveram presentes diversas autoridades políticas da região e do Estado e também representantes da cadeia produtiva do tabaco. Apesar de alguns problemas climáticos, a avaliação geral dos especialistas é de que a safra será satisfatória no que diz respeito à colheita.
Durante o evento, também foi realizada a assinatura de renovação do convênio do Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do Tabaco que tem como objetivo incentivar a diversificação e a otimização dos recursos das propriedades rurais. Promovido pelo SindiTabaco e empresas associadas, o programa é realizado desde 1985, nos três estados da Região Sul do Brasil. Na última safra, o programa rendeu R$ 779 milhões aos produtores de tabaco participantes, sendo R$ 344 milhões somente no Rio Grande do Sul.
LEIA TAMBÉM: Granizo atingiu mais de 1,4 mil produtores na região
Publicidade
Clima trouxe dificuldades, mas perspectivas são otimistas
Mesmo com dificuldades impostas pelo clima, como o excesso de chuva em alguns locais de Santa Catarina e Paraná ou a falta de calor e baixa umidade no Rio Grande do Sul, o entendimento é de que esta será uma safra satisfatória para todos os envolvidos. “Nossa firme convicção é de mais uma safra de bons preços. Não vou dizer que teremos os 61% de aumento, como foi de 2020/2021 para 2021/2022, porque nenhum assalariado obteve o retorno que nós tivemos com o tabaco”, afirma o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner.
Ele diz que os problemas registrados foram localizados e, dada a extensão das áreas produtivas na região Sul, é necessário analisar o todo para avaliar a safra. “São diversas microrregiões, com climas muito diferentes, e isso nos traz médias de peso e produtividade muito boas.” Nas regiões onde a falta de calor atrasou o desenvolvimento das plantas, segundo ele, o que se percebe são pés de tabaco com menos folhas, mas com mais peso e menor perda de massa durante a cura. “Ainda estamos indo a campo verificar essa situação. Talvez não tenhamos uma produtividade tão alta, mas a qualidade, que é o mais importante, será bem melhor.”
LEIA TAMBÉM: Setor do tabaco teve aumento de 105,1% nas vendas em agosto
Publicidade
Na mesma linha, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke enfatiza que o quadro geral indica normalidade, com alguns pontos de atenção. “Esperamos que daqui para frente o clima colabore. Tivemos um pequeno incremento de área, e a expectativa é por uma safra normal e equilibrada para as necessidades brasileiras.”
O presidente do SindiTabaco reforça que algumas empresas devem começar a comprar o tabaco neste mês, mas a maioria vai adquirir somente em janeiro. “Eu diria que esse é o normal. No ano passado, quando tivemos compras a partir de novembro, é que foi a exceção.” Lembrou ainda que neste momento a questão logística está mais otimizada em relação ao ano anterior, por isso as exportações devem ser facilitadas.
LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!