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Setor da construção está otimista para 2020 em Santa Cruz do Sul

A recente divulgação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, alavancado pela alta de 4% na indústria da construção, reforça o otimismo do setor para o próximo ano. Em Santa Cruz do Sul, o melhor desempenho em 2019 pode ser comprovado com o volume de Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que já ultrapassa R$ 10,2 milhões até o mês de novembro, superando os R$ 9,7 milhões de 2018.

Durante café da manhã com a imprensa nessa quarta-feira, 11, o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) e coordenador do escritório regional do Vale do Rio Pardo, engenheiro Astor Grüner, disse que indicadores apontam para uma retomada gradativa do crescimento.

Grüner ressaltou que a cadeia da construção é fundamental no processo de retomada do crescimento, como geradora de empregos e de renda. No encontro de ontem, além de apresentar o planejamento do escritório regional para o biênio 2020/2021, ele também mostrou dados sobre a construção civil no município e na região, bem como as perspectivas do setor a médio e longo prazos. “Podemos dizer que o cenário é promissor, pois ainda temos um grande déficit habitacional no Brasil. No entanto, o crescimento da economia também depende de reformas estruturantes, equilíbrio das contas públicas e atração de investimentos internos”, frisou.

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Grüner defende um Código de Obras mais enxuto, para construções mais criativas e sem a necessidade de intervenção municipal em detalhes na atuação fiscalizadora. “A burocracia do Brasil tranca os projetos. Os artigos nas normas de regulamentação são extensos. Queremos segurança, mas que seja razoável para as aprovações de obras”, salientou. O café também contou com a presença de representantes das empresas associadas ao Sinduscon-RS em Santa Cruz, bem como de representantes de entidades locais.

Sinduscon-RS reuniu imprensa e parceiros para apresentar seu balanço e prognósticos

Planejamento
Entre as ações do escritório Regional do Sinduscon para os próximos dois anos, Grüner enfatizou a participação junto à Associação de Entidades Empresariais (Assemp) e à Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados (Agerst). Além disso, ressaltou maior integração com as entidades representantes dos corretores de imóveis e imobiliárias (Seisc), engenheiros e arquitetos (Seasc) e com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), para desenvolvimento de novas tecnologias. “Também queremos promover cursos e palestras temáticas, com assuntos de interesse da área, realizar estatísticas de lançamentos e vendas e pesquisa de demanda.”

Com o nome provisório Obras Abertas, o Sinduscon terá uma parceria com a Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz (Seisc) para promover o mercado da construção civil. No formato, o projeto terá três edições no ano, em abril, agosto e novembro. “Será uma grande divulgação de mídia do mercado da construção civil. As imobiliárias e construtoras ficarão abertas no fim de semana da iniciativa para receber os interessados”, explicou.O vice-presidente do Sinduscon-RS ainda destacou a relevância de três temas no cenário local: Plano Diretor, Código de Obras e Código Tributário. “São assuntos que precisam do conhecimento técnico e do envolvimento das entidades da área.”

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Com relação ao Plano Diretor, Grüner ressaltou que as alterações sugeridas pela entidade se referem ao desenvolvimento da cidade, ampliação das zonas, aumento dos índices, melhor aproveitamento de infraestrutura urbana e diminuição de deslocamentos e custos com transporte. Já no Código de Obras, as principais observações dizem respeito à simplificação das exigências (liberdade de criatividade), melhor aproveitamento dos produtos do mercado, redução da burocracia de aprovação e Habite-se e alteração de índices, como afastamento lateral, para possibilitar aumento de altura. Quanto ao Código Tributário, a entidade defende a simplificação da tributação, manutenção ou diminuição da carga tributária e a cobrança de IPTU de imóveis vendidos com contrato e não escriturados.

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