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Setembro tem recuperação de preços e queda menor de importações

O mês de setembro foi marcado pela recuperação nos preços dos bens exportados e continuidade da queda das importações em um ritmo menor do que o que vinha sendo verificado até junho. Este último fator é considerado pelo governo um possível indicativo de recuperação da atividade econômica, já que está associado à compra de insumos para produção industrial.

No mês passado aumentaram os preços do açúcar bruto, dos semimanufaturados de ferro e aço, do minério de ferro, da soja em grão, do café em grão e do farelo de soja. A maior parte desses produtos teve redução da quantidade embarcada e do valor vendido, por questões de mercado ou sazonais. A exceção foi o açúcar, com crescimento de 90,9% no quantum negociado e alta de 147% no valor exportado.

A recuperação nos preços, contudo, ajudou a evitar perdas mais expressivas. Em 2015, a balança foi fortemente impactada pela redução nos preços das commodities, que são produtos básicos com cotação internacional. “O que há de novo é aumento dos preços. O efeito da queda dos preços vem se dissipando ao longo do ano. É um aumento que não ocorria desde novembro de 2014”, destacou Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

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Outros destaques das exportações foram os aviões e automóveis de passageiros. Os primeiros cresceram 31,3% em valor e 59,3% na quantidade vendida em relação a setembro de 2015. No caso dos automóveis, o valor vendido foi 41,5% maior e quantidade, 43,4%. O petróleo bruto também teve bom desempenho, com alta de 39,8% no valor e de 41,8% na quantidade exportada pelo Brasil. A conta-petróleo, tradicionalmente deficitária, teve superávit de US$ 340 milhões no mês passado.

“Não é novidade. Ocasionalmente, ocorrem superávits mensais”, ressaltou Herlon Brandão. No acumulado do ano, o déficit da conta-petróleo, de US$ 446 milhões, é bem menor que o resultado negativo de US$ 3,5 bilhões registrado no mesmo período de 2015. Segundo Brandão, a queda no déficit é associada à queda nas exportações e a um recuo bem maior nas importações.

Importações

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Do lado das importações, o governo avalia que prossegue a tendência a uma redução menor, o que pode sinalizar futura reversão do quadro atual. No mês passado, pelo critério da média diária, as importações caíram 9,2% em relação a setembro de 2015. Em agosto, a queda ficou em 8,3%.

“Há uma expectativa. Notamos leve melhora desde junho. Essas taxas têm se reduzido, e é possível que nos próximos meses haja reversão. A tendência, pelos sinais, é a economia voltar a crescer no futuro e isso começa a se refletir nas importações”, afirmou Brandão. Ele lembrou que, em janeiro deste ano, por exemplo, a queda das importações chegava a 35,8%.

O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação disse que o governo continua trabalhando com estimativa de superávit comercial entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões para este ano. Brandão considera factível a projeção, já que, tradicionalmente, nos meses de dezembro há tendência a um superávit maior.

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De janeiro a setembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 36,2 bilhões, recorde para o período desde o início da série histórica, em 1989. O resultado do ano pode bater o atual recorde, que foi um saldo positivo de US$ 46,4 bilhões em 2006.

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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