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Setembro Amarelo: mês será dedicado à conscientização sobre saúde mental

Foto: Isadora Oliveira/Divulgação

“Muito fácil chamar de ‘mimimi’ aquela dor que não é nossa.” A frase da psicóloga Mariluza Sott Bender foi apenas uma das questões abordadas na manhã dessa segunda-feira, 4, na abertura do Setembro Amarelo. A cerimônia, realizada na Câmara de Vereadores de Santa Cruz, contou com a presença de autoridades e roda de conversa, com convidados, sobre Intersecções entre saúde mental, população negra e LGBTQIA+, tema da campanha municipal neste ano.

Com organização do Comitê Municipal de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, e apoio da Prefeitura, o momento trouxe à tona dados e contextualizações históricas sobre vulnerabilidades e riscos dessas populações no que se refere ao adoecimento psíquico. Antes do início das exposições, o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Elstor Desbessell, afirmou que falar sobre prevenção é promover a vida.

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De acordo com a terapeuta ocupacional do Município e coordenadora do Comitê, Daniela Gruendling, que mediou o bate-papo, além de falar sobre suicídio, é necessário desenvolver uma profunda reflexão sobre o tema.

A geógrafa e mestranda em Educação, Sara Ester Paes, que realiza pesquisa sobre o combate ao racismo junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), salientou que a população negra, em muitos casos, não consegue tratar a saúde mental devido à discriminação. “Somente entre os jovens, de 10 a 20 anos, os números revelam que os índices de suicídio são 45% superiores se comparados à população branca”, afirmou.

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A professora adjunta da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), presidente da Sociedade Cultural e Beneficente União, feminista e ativista do movimento negro, Marta Nunes, trouxe um resgate histórico para a compreensão de questões fundamentais. “Nunca se buscou entender as razões para que os altos índices de suicídio acontecessem entre os negros. Falta interesse em investigar”, ressaltou. Ainda de acordo com ela, não são percebidas grandes mudanças na sociedade ao longo dos anos.

Doutoranda em Promoção da Saúde, docente do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Mariluza Bender abordou o suicídio entre a comunidade LGBTQIA+. “Precisamos começar a ampliar nossas visões de mundo. As diferenças são potenciais da humanidade, não fatores para desumanizar.” A mestre em Psicologia afirmou que é preciso compreender o papel de cada um nos processos. “Nós somos a sociedade que faz com que esses discursos de preconceito se perpetuem. Por isso, precisamos começar a ampliar essas discussões.”

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Para Mariluza, o primeiro passo para a mudança da realidade é a conscientização de que não está tudo bem. “Já imaginou ter de esconder quem você é por causa daquilo que te ensinaram e esperam que você seja?”, questionou. Por último, o presidente do Conselho Municipal dos Direitos LGBTQIA+ (Comudi), Maiquel Raasch, relembrou datas históricas de conquistas da comunidade e reforçou a necessidade da luta contínua.

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