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SANTA CRUZ DO SUL

Sessão da Câmara teve interrupção, gritaria e registro policial

Foto: Jacson Stülp/Câmara de Vereadores

O plenário da Câmara de Vereadores foi tomado, nessa segunda-feira, 4, pelo público. De um lado estavam sentados defensores da iniciativa da diretora da Escola Estadual Ernesto Alves, Janaína Venzon (inclusive ela), e do outro as pessoas que defendem o livro O avesso da pele e sua manutenção nas prateleiras das bibliotecas escolares.

A polêmica acentuou-se quando os legisladores tocaram no assunto. A plateia passou a manifestar-se, contrariando o que diz o regimento interno da Casa. O presidente, Gerson Trevisan (PSDB), chegou a ler o que diz a legislação, orientando que o público pode acompanhar, mas deve evitar expressões efusivas. Não adiantou muito a tentativa do chefe do Legislativo. A cada momento de discurso favorável à diretora, havia vaia e gritos com palavras de ordem, e um cartaz pedia a saída de Janaína e do titular da 6ª Coordenadoria Regional de Educação, Luiz Ricardo Pinho de Moura, o Chiquinho, e dizendo “não à censura”.

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Raul Fritsch (Republicanos) parabenizou a diretora, dizendo ser posicionamento exemplar, reforçando que a atitude deve ser premiada. “A senhora tinha o meu respeito, agora tem minha admiração”, afirmou. Rodrigo Rabuske (PRD) destacou ter adquirido o livro, lido e apontado o que considera problemas. “Sou contra a censura, incentivo a leitura e defendo essa obra, mas não na escola”, frisou.

Serginho Moraes (PRD) e Professor Cleber (União Brasil) defenderam a aquisição do livro e a leitura fora do ambiente escolar, também gerando críticas do público. Cada um dos que ocupava a tribuna fazia questão de dizer não se tratar de um debate político, o que também era rechaçado pelos espectadores. “Tudo começou atravessado. Há um processo de politização. Fico espantado como tem gente entendendo de literatura. Vi gente dando opinião e que entende menos de literatura do que o meu cachorro entende de religião”, apontou Alberto Heck (PT), recebendo críticas daqueles que condenam a disponibilização da obra.

Diante da dificuldade de dar sequência aos trabalhos, inviabilizados os discursos dos vereadores, Trevisan interrompeu a sessão. Pouco antes, em discussão no público, mulheres apontaram terem sido vítimas de importunação sexual. Elas fizeram o registro na Delegacia de Polícia, tendo o caso sido encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Os debates foram retomados, mantendo o aquecimento do clima, mas com maior tranquilidade.

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