Com a eleição para a presidência em 2022 se aproximando, vereadores governistas e de oposição voltaram a trocar farpas na sessão de segunda-feira da Câmara de Santa Cruz. O embate, que se estendeu por toda a reunião, iniciou-se quando Nicole Weber (PTB) cobrou do governo o início das obras de calçamento de duas ruas do Bairro Arroio Grande. Em julho, a bancada do PTB negou acordo para votação em regime de urgência do projeto que autorizava as intervenções sob alegação de falta de informações. Isso levou o líder de governo, Henrique Hermany (PP), a afirmar que os moradores iriam “comer poeira” por causa dos parlamentares. “Dava a entender que nós íamos aprovar na segunda e a obra ia começar na terça”, disse Nicole, que acusou os governistas de fazerem “terrorismo” e jogar a comunidade contra a bancada.
Em resposta, Henrique afirmou que as obras não tiveram início por questões de burocracia, disse que os oposicionistas fazem “política do passado” e citou o acordo entre governo e oposição para o rodízio na presidência ao longo da legislatura, articulado por ele. “Se agarram em pequenos problemas para tentar desfazer o governo”, criticou. Vice-líder do governo, Raul Fritsch (Republicanos) reforçou o coro: acusou os adversários de “ranço” e de causarem “animosidade” entre os vereadores. A fala fez com que Rodrigo Rabuske (PTB) acusasse Henrique de “agressividade” e sua fala de “desproporcional e infeliz”.
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O debate continuou quando Serginho Moraes (PTB), que já havia travado um debate com Henrique na semana anterior, voltou a citar queixas recebidas por ele de demora no atendimento do Centro Materno-Infantil (Cemai), o que foi contestado pelo líder na sequência. “Nós não trocamos a nossa participação no acordo da presidência por silêncio. Vamos falar toda vez que tiver algum problema”, disse Serginho. Nicole ainda emendou e disse que o governo precisa “aprender a receber críticas”. “Nós vamos cobrar trabalho. Não adianta nos tachar como vilões.”
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Também houve troca de acusações entre Henrique e Alberto Heck (PT). O petista citou o pai do líder, o ex-vereador Edmar Hermany, e disse que, ao contrário dele, Henrique não possui humildade. Afirmou ainda ter sido excluído do acordo da presidência, o que Henrique negou. “Quando o Alberto Heck vem na tribuna, parece um padre, falando mansinho. Mas é o mesmo vereador que há poucos meses teve um discurso raivoso desejando a morte do presidente da República”, disparou.
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