Não é só Santa Cruz que assiste a furacões políticos: a vizinha Venâncio Aires também vive dias tensos. Começou na quarta-feira, quando foi realizada a última sessão ordinária do ano na Câmara. A previsão era de que a eleição da presidência para 2020 ocorresse na sequência, como é tradição. Porém, uma manobra do atual presidente, Eduardo Kappel (PP), acabou adiando a votação.
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Tudo se deu porque uma vereadora da base governista, Helena da Rosa (MDB), fechou acordo para encabeçar a chapa da oposição – que, com a dissidência, conquistaria o voto de oito dos 15 vereadores. Quando percebeu a iminência da derrota, Kappel, que concorreria pela situação, passou a agir com o objetivo de prolongar a sessão ordinária até o limite de tempo previsto no Regimento Interno, que é de quatro horas.
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Com isso, os trabalhos foram encerrados. Revoltada, a oposição chegou a entrar com um mandado de segurança enquanto a sessão ainda acontecia, para tentar garantir a realização da votação. Como não houve decisão em tempo, porém, a demanda foi retirada.
O pleito foi convocado para o dia 30. Em nota divulgada nessa quinta-feira, 19, Kappel disse que colocar em pauta a eleição é uma prerrogativa do presidente e criticou a tentativa de ação por meio da Justiça. “Nossa Constituição não permite que o Poder Judiciário possa intervir dessa forma no Poder Legislativo”, afirmou. Também nessa quinta, o episódio teve reflexos políticos, com a demissão de pessoas ligadas ao MDB da Prefeitura, em represália a Helena da Rosa.
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