Essa manchete jornalística é comum: “Banco X tem maior lucro já registrado no país”. Semanas depois: “Lucro do banco Y ultrapassa o do banco X”.
Tal lucratividade está na arrecadação de tarifas bancárias, taxas de cartões de crédito e administração de fundos, entre outros. Mas os lucros maiores vêm das operações de crédito, anabolizadas com juros estratosféricos.
Com frequência, outra noticia bombástica concorre com os dados do setor financeiro: “A Receita Federal bateu novo recorde de arrecadação de tributos e impostos”.
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Juros altos e aumento de tributos são consequências do interminável endividamento dos governos federal, estaduais e municipais. Ou seja, mau planejamento orçamentário, privilégios corporativos, desperdícios, corrupção, etc., transformam o Estado num monstro insaciável e fora de controle.
Logo, resulta que a arrecadação da Receita Federal é insuficiente. O que vem a determinar sucessivas emissões de títulos da dívida pública, adquiridos e negociados pelo sistema financeiro. Motivado pelas crescentes taxas de juros.
E assim fecha-se o circuito. O cidadão é o último da fila e aquele que paga o total da conta, direta (via impostos) e indiretamente (via taxa de juros). E ainda há quem não entenda a razão de um “teto” de gastos!
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Faz alguns anos, conversei com Rui Nogueira, médico e escritor, natural de Blumenau, autor do livro Servos da moeda. Um brasileiro inconformado com nossa passividade diante das inúmeras formas de intervenção e dominação do capital.
Servos da moeda trata da utilização e aplicação do dinheiro. Da enormidade de juros e financiamentos que pagamos a vida inteira. Não é um livro de doutores e de economistas.
Como diz o autor, “é um livro do pensar, do bom-senso, da observação do dia a dia, da compreensão da situação das pessoas. É o livro firmado no sentimento humanista: o mundo tem que ser um lugar bom para todos viverem!”.
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Quando travamos esses encontros com os inconformados, renova-se a esperança de que ainda virá o dia em que todos os brasileiros terão vida digna e acesso aos bens da nação.
E renovam-se a expectativa e o ânimo de superação desse estado de mesmice e de passividade cívica!
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