ads1
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Servo Tomé da Rosa será julgado no dia 6 por assassinato de Heide

Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, é autor confesso da morte de Heide

Está marcado para o próximo dia 6 de julho, uma quinta-feira, o último capítulo de uma das histórias mais trágicas registradas em Santa Cruz do Sul recentemente. O pedreiro Servo Tomé da Rosa, de 70 anos, sentará no banco dos réus para responder pelo assassinato de Heide Juçara Priebe, de 63. A sessão do chamado Caso Heide começará às 13h15, no Salão do Júri Juiz Gerson Luiz Petry, no Fórum, e será presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse.

LEIA TAMBÉM: Autor confesso de feminicídio responderá por crime em júri popular

Publicidade

Autor da denúncia, o promotor de Justiça Flávio Eduardo de Lima Passos representará o Ministério Público (MP) no Tribunal do Júri. A defesa do acusado será feita pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior. Estão confirmados os depoimentos da delegada Raquel Schneider, responsável pelo inquérito policial e titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), e de um dos filhos de Heide, Franklin Elimar Fetzer.

Publicidade

Heide Priebe foi assassinada na tarde de 8 de julho, na Travessa Tenente Barbosa, Centro de Santa Cruz

Os dois foram arrolados como testemunhas pelo Ministério Público. Um sorteio definirá o corpo de jurados, formado por sete pessoas da comunidade. Um forte esquema de segurança está sendo montado para o dia do julgamento e o policiamento deve ser reforçado no entorno ao Fórum, tendo em vista a repercussão do caso.

LEIA MAIS: Laudo aponta que Heide Priebe morreu por tiro que perfurou o pulmão

Linha do Tempo

Publicidade

O crime aconteceu por volta de 17 horas de 8 de julho do ano passado. A vítima morava na alameda 4 do Condomínio Terra Nova Moradas, no Bairro Pedreira. Servo morava na alameda 8, no mesmo condomínio de sua ex-companheira. Ele esperou a mulher sair do trabalho, na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, na Rua Júlio de Castilhos, no Centro.

Publicidade

No momento que a vítima buscava a pé seu carro estacionado na Travessa Tenente Barbosa, próximo ao seu serviço, ele atirou à queima-roupa contra a cabeça e o braço de Heide. No último disparo, que provocou a morte, o projétil entrou pela lateral do corpo e atingiu o pulmão. Embora tenha sido levada ao Hospital Santa Cruz (HSC), ela morreu ainda naquela noite.

LEIA TAMBÉM:

Servo foi detido em flagrante pela Brigada Militar depois de cometer o crime. Ele tentou se matar com um tiro no peito, mas sobreviveu após receber atendimento. Foi conduzido por policiais civis da Deam ao presídio logo depois de deixar o HSC, na tarde de 11 de julho. O processo do caso que tem Servo Tomé da Rosa como denunciado tramitou de forma rápida no Poder Judiciário.

Publicidade

LEIA MAIS: Autor de feminicídio é conduzido ao presídio

Publicidade

A sessão do Tribunal do Júri acontecerá menos de um ano após o crime. A investigação capitaneada pela delegada Raquel Schneider durou apenas sete dias e foi robustecida com inúmeros elementos de provas. Um dos que mais chamaram a atenção dos investigadores foi um caderno apreendido na casa do homem, escrito a próprio punho que detalha, entre outras coisas, o plano para matar Heide.

LEIA MAIS: “Vai acabar tudo hoje”: polícia apreende caderno em que assassino planeja morte de Heide Priebe

Publicidade

Publicidade

LEIA MAIS: Autor confesso na investigação, Servo Tomé da Rosa se mantém em silêncio em audiência

No dia 21 do mesmo mês, o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos encaminhou a denúncia à 1ª Vara Criminal. Em 30 de agosto, a juíza Márcia Inês Doebber Wrasse aceitou a denúncia e Servo passou a ser réu. Apesar de ter confessado o crime na fase da investigação policial, na audiência de instrução do caso, em 28 de outubro, na sala da 1ª Vara Criminal do Fórum, em que participaram ainda os filhos de Heide, o réu reservou-se o direito de permanecer em silêncio.

LEIA MAIS: Caminhada pede justiça por Heide Priebe e todas as mulheres

Publicidade

Ainda no ano passado, em 27 de dezembro, a juíza Márcia proferiu a sentença de pronúncia para o pedreiro, indicando que o caso deveria ser levado a júri popular. O despacho que confirmou a data da sessão foi assinado pela juíza Lísia Dornelles Dal Osto na última quarta-feira. Servo Tomé da Rosa aguarda o julgamento preso preventivamente no Presídio Regional de Santa Cruz.

LEIA MAIS: Filhos desabafam: “Ele tirou de nós o nosso tesouro, tirou uma parte do nosso coração”

Ele responderá no dia 6 pelos crimes de perseguição, violação de domicílio e homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – foram elencadas por feminicídio (vítima ser mulher), motivo torpe (término do relacionamento) e recurso que dificultou a defesa da vítima (o fato de Heide ser pega de surpresa com a ação do homem).

LEIA MAIS SOBRE POLÍCIA

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

© 2021 Gazeta