No período entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o Rio Grande do Sul registrou saldo de 130.583 novos postos de emprego formal – alta de 5,3%. O setor de Serviços (+59.596 postos) puxou a elevação, seguido da Indústria (+34.428), Comércio (+27.310), Construção (+4.634) e Agropecuária (+4.615) – os dois últimos tradicionalmente de menor representatividade na pirâmide de emprego do Estado. Na comparação nacional do período, em termos percentuais, o Rio Grande do Sul ficou abaixo da média brasileira, que registrou alta de 6,7%.
Fevereiro de 2022 marca o período de dois anos do início da pandemia de Covid-19. Ao comparar fevereiro de 2020 com o mesmo mês deste ano, o Rio Grande do Sul registrou saldo de 106 mil empregos formais. Na comparação entre os dois períodos de 12 meses (fev/2020 a fev/2021 – fev/2021 a fev/2022), o primeiro foi caracterizado pela retração no estoque de empregos no Estado (-1%), com maior impacto negativo registrado nos Serviços (-2,8%) e no Comércio (-0,7%). A Indústria, que no primeiro ano de pandemia foi o setor menos impactado em relação ao número de empregos formais no Estado (+1,2%), registrou a segunda maior expansão entre fev/2021 e fev/2022 (+5,2%), puxada pela Indústria de Transformação.
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Do estoque de 2.603.672 empregos formais no Estado em fevereiro deste ano na soma de todos os segmentos, a Indústria de Transformação mantinha 670.334 postos, o que representa 25,7% do total, e nos 12 meses entre fev/2021 e fev/2022 apresentou saldo de 35.293 postos (+5,6%). Entre as atividades industriais, a fabricação de Máquinas e Equipamentos, com saldo de 9.105 postos (+14,7%), foi um dos principais destaques.
Os dados relativos ao emprego formal e também ao mercado de trabalho do Estado estão no Boletim de Trabalho do RS, publicação do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), divulgados nesta terça-feira,19. Elaborado pelos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho, o documento é produzido com foco no Estado a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e do Novo Caged, do Ministério da Economia, principalmente.
Seguindo a tendência apontada no Boletim de Trabalho lançado em janeiro de 2021, as mulheres foram predominantes na ocupação das vagas criadas no mercado formal entre fev/2021 a fev/2022, responsáveis por 54,9% do total de novos vínculos. Outro destaque já apontado no boletim anterior, os jovens de até 24 anos seguem predominantes na ocupação das novas vagas: a participação dos menores de 18 anos foi de 22,9% e dos jovens entre 18 e 24 anos, de 59,8%. Quanto à escolaridade, pessoas com Ensino Médio completo ocuparam 60,6% das oportunidades geradas no período.
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Considerando o mercado de trabalho como um todo, não apenas os empregos formais, o Boletim traz dados do quarto trimestre de 2021 da Pnad Contínua do IBGE. Apesar da recuperação em alguns dos principais indicadores após os períodos mais críticos da pandemia, em 2020, o material ressalta a queda no valor dos rendimentos médios das pessoas ocupadas, que registrou o menor valor no Rio Grande do Sul desde o terceiro trimestre de 2012.
Na comparação do quarto trimestre de 2021 com o trimestre anterior, a redução no rendimento médio dos ocupados foi de 4% (de R$ 2.898 para R$ 2.782), queda mais intensa que a observada no país (-3,6%). Na direção oposta, a Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT), que indica a porcentagem de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estão inseridas no mercado de trabalho, chegou a 64,8% no quarto trimestre, ante 63,8% do trimestre anterior.
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O Nível de Ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em vínculos formais e informais em relação às pessoas em idade de trabalhar, também registrou crescimento de um ponto percentual (59,5% no quarto trimestre ante 58,5% do terceiro trimestre de 2021), o que representou um acréscimo de 100 mil ocupados no Estado.
A Taxa de Informalidade no mercado de trabalho do Estado chegou a 33% no último trimestre de 2021, ante 32,2% do terceiro trimestre. Na comparação com outros Estados, a taxa do Rio Grande do Sul no período ficou acima da de Santa Catarina (27,3%) e de São Paulo (31,2%) e abaixo da registrada no Paraná (33,5%) e da média brasileira (40,7%). Quanto à Taxa de Desemprego, o material aponta para estabilidade na comparação do quarto trimestre com o terceiro trimestre de 2021 (8,1% contra 8,4%).
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