Santa Cruz do Sul

Sérgio e Alex prometem governo mais humano; veja quais serão as prioridades

A dupla vencedora da eleição majoritária em Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes (PL) e Alex Knak (MDB), adiantou como deve ser a gestão que se iniciará no dia 1º de janeiro de 2025. Em entrevista aos jornalistas Ronaldo Falkenback e Rosemar Santos, eles reforçaram falas de campanha, como o foco em saúde, e adiantaram que será uma administração para todos e “mais humana”. Sobre possíveis cotados para o secretariado, Moraes confirmou que dois nomes do governo são conhecidos: o do prefeito e o do vice. “O restante não conversamos ainda”, afirmou. Ele reforçou que não tinha conhecimento do número de cargos de confiança, nem os salários dos secretários, mas que a atenção deve ser dada para a “devolução da Prefeitura à população”.

Confirmou a realização de um mapeamento de todas as necessidades do município. “Encontramos crianças autistas, cadeirantes que não têm acessibilidade, encontramos duas crianças cegas, idosos que, se compram o remédio não comem, se comem, não compram remédio”, disse. Tais situações fizeram com que fosse reforçada a intenção de fazer um governo que ele entende como mais humano, proporcionando atividades para pessoas idosas, como os bailes e a criação da banda de aposentados.

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“Vi tanto asfalto em cima de asfalto nos últimos dias, mas lá no bairro tem lugares que não tem saneamento básico, as crianças ficam doentes, é mais custo na saúde”, frisou ao explicar ações que devem ser tomadas durante a sua gestão. Assim, acredita que seja possível definir os nomes dos próximos secretários.

Moraes admitiu ter preferência por pessoas técnicas, mas com teor político, porque, argumentou, os técnicos puros não teriam o jeito de trabalhar com a população. “O cidadão busca na Prefeitura um ombro e, se põe um técnico duro, ele não vai dar o carinho que as pessoas precisam.” O prefeito eleito disse acreditar que tenha de ser um meio-termo, o que também é solucionado pelo fato de haver secretário e subsecretário. “A Prefeitura é diferente da empresa. Na empresa, o chefe dá a ordem e tem que andar; na Prefeitura tem que passar pelas pessoas, pela Câmara, mas vai dar tudo certo.”

Dizendo-se de alma lavada, tendo sofrido muito e sido injustiçado e atacado, o vice eleito Alex Knak corroborou a proposta do seu companheiro de chapa para humanizar o atendimento e a relação com o público, a partir das reações colhidas durante as caminhadas, sobretudo nos bairros. Knak e Moraes confirmaram que o vice deve atuar de forma ampla, circulando pelas secretarias para fazer os ajustes necessários. “Quero poder contribuir, ajudar, atender essas demandas que Sérgio relatou. Tem bastante coisa para a mobilidade que ficou um pouco esquecida nos últimos anos”, apontou.

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Sérgio Moraes e Alex Knak estiveram na Rádio Gazeta FM 107,9 nessa segunda pela manhã | Foto: Tuanny Giovanela

Outros assuntos

  • Confiança: “Falávamos dentro do grupo para se acalmarem, que iríamos ganhar com 10 mil votos de diferença. Tinha a certeza. Achei que a Helena faria um pouco menos, uns 20 mil e eu uns 30 mil. Se o Carlão não tivesse disputado, teria feito mais uns 8 mil, porque os votos do PT não moveriam, mas os do Carlão seriam mais da metade para mim.”
  • Bolsonarismo: “O centro da cidade mudou bastante para meu favor. Acredito que fui bem votado em todos os lugares. Vou fazer o levantamento para ter esse número. Tudo ajudou. O bolsonarismo ajudou, a minha história, a saudade da população do Sérgio Mores, o desgaste de 12 anos da atual administração, a Operação Controle, o Alex e os partidos coligados, nomes como Rodrigo Rabuske, que colocou quase 4,8 mil votos, grupo de vereadores pegou muito firme no nosso lado.”
  • Obras: Sérgio disse que dará continuidade a todas as obras em andamento. “Quando saí da Prefeitura, deixei o autódromo pronto. Para minha surpresa, o prefeito da época disse que estava há 20 dias na Prefeitura e já iam inaugurar o autódromo. Para minha surpresa maior, colocaram uma placa com o nome dele. Viaduto do Arroio Grande, vou inaugurar, vou colocar o nome da prefeita Helena na placa e convidar para ela falar.”

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Vencedores buscarão a transição

O período entre a eleição e a posse, dia 1ª de janeiro, é conhecido como época de transição de governo, quando quem está no comando passa as informações para o novo gestor. Sérgio Moraes adiantou que deve elaborar um documento para encaminhar à prefeita Helena Hermany (PP) indicando o grupo de pessoas para esse momento. “Se ela aceitar, esse grupo começa a trabalhar, se não, ok! Dia 1º de janeiro a gente pega a chave e começa a trabalhar”, confirmou ao dizer que acredita que seu pedido será aceito.

Sobre a formação de governo, além dos partidos que integraram a coligação Santa Cruz nas mãos do povo de novo (PL, MDB, PDT, Avante, Podemos e Solidariedade), Moraes disse ter carinho especial pelo Novo, em função da proximidade ideológica. Explicou, porém, que a campanha acabou e que passou a ser prefeito de todos, com Alex sendo vice para todos. “Daqui para frente é Santa Cruz”, resumiu.

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Ao ser questionado sobre a relação com o Legislativo e a importância de ter maioria na Câmara de Vereadores, lembrou ter encaminhado mensagem em áudio para o atual secretário de Obras, Edmar Hermany. “Disse que o líder de governo tinha inovado. Era o primeiro que batia na oposição. Ele tem que ser jeitoso, tomar um cafezinho, um meio-termo. Agora, vamos procurar dentro do grupo para ser o líder do governo cauteloso”, explicou. Moraes disse entender que a maioria facilita, mas a oposição é importante.

Também deve reforçar a relação com deputados para a busca de recursos, por meio de emendas, indiferentemente da sigla partidária. Essa aproximação será feita, apontou, por meio de conversação que evite situações, como a apontada durante a campanha eleitoral, em que valores conquistados pela família Moraes não teriam sido usados. “O filho da prefeita dizendo que vereadores do nosso partido são idiotas e que não precisava de dinheiro. É coisa de quem estava no poder, mas nunca buscou. É um menino que foi presenteado como vereador e como prefeito, porque ele que comandava a Prefeitura no dia a dia. Quem nunca buscou e ganha um presente desse tamanho não sabe lidar”, disparou.

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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