A reunião-almoço Tá na Hora, realizada nessa terça-feira, 17, no restaurante do Hotel Águas Claras, encerrou o ciclo de 2024. Os painelistas foram os eleitos prefeito Sérgio Moraes (PL) e vice Alex Knak (MDB). Eles falaram para o empresariado, políticos, imprensa e um dos maiores públicos registrados no ano. A abertura da apresentação foi feita pelo vice, que adiantou ações que serão adotadas já nos primeiros dias da gestão, como a busca de mecanismos para reforçar a conexão da população com o serviço público. A iniciativa possibilitará que todos estejam cientes das oportunidades disponíveis. Citou a área da Saúde, na qual será possível, por exemplo, que as famílias recebam comunicações das vacinas disponibilizadas.

Mas essa é apenas uma das ações. Nos primeiros cem dias, afirmou Knak, a ideia é criar um pacote anticorrupção, como forma de resgatar a autoestima e confiança dos empresários e da população. Nesse mesmo viés, devem passar a ser transmitidas ao vivo as aberturas dos processos licitatórios, dando mais transparência para a contratualização e utilização dos recursos públicos na aquisição de produtos ou serviços.

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Dessa forma, apontou o vice-prefeito eleito, foram estabelecidos pontos que devem nortear as ações da próxima administra: transparência, eficiência, inovação e humanização. Em entrevista coletiva com a imprensa, antes de começar o evento, Moraes elencou ações que deverão ser tomadas e reiterou o que vem falando desde a eleição de outubro: os nomes dos novos secretários somente serão apresentados no dia 1º de janeiro, quando ocorrer a posse.

Ele defendeu a aproximação com a comunidade como uma forma de ouvir as demandas do público e das entidades. “Santa Cruz, hoje, é um dos melhores municípios do País. Sem dúvida, um dos mais bonitos, mas precisamos incrementar na parte econômica, pois perdemos alguns espaços e isso nos incomoda”, afirma.

O evento Tá na Hora é realizado pela Associação Comercial e Industrial (ACI) Santa Cruz do Sul, com patrocínio da JTI, Unisc, Philip Morris Brasil, Gazeta Grupo de Comunicações, Universal Leaf, Unimed, BRDE e BAT.

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Por setores

• Secretariado
  • Sérgio Moraes reforçou que os nomes do primeiro escalão somente serão apresentados no dia 1º de janeiro, porque antes poderia criar algum tipo de transtorno desnecessário para o período.
• Educação
  • No primeiro dia útil da gestão haverá um evento para as posses dos diretores das escolas municipais, resultado do processo eletivo, que está em andamento. A pasta deve ter atenção especial, apontou o vice Alex Knak, sobretudo em vista da queda do município no ranking do Índice Municipal de Educação do Rio Grande do Sul (Imers), que mostrou Santa Cruz passando da posição 253 para a 390, entre os 497 municípios gaúchos.
• Recursos
  • O prefeito eleito destacou que a equipe de transição está avançada em números, mas que nunca se sabe tudo. “E não é porque a atual gestão não queira passar as informações”, frisou. Destacou a conversa com a prefeita Helena Hermany (PP), quando foi informado de que teria superávit. “Quando assumi, há 28 anos, não tinha nada no caixa, o 13o estava atrasado, seis meses de vale-refeição atrasados, fornecedores com até dois anos sem receber. Então, chegar com superávit será algo diferente. Vou aprender a lidar com isso”, lembrou.
• Saúde
  • Uma das bandeiras defendidas pelo prefeito eleito na campanha foi a instalação do Centro de Integração do Bem-Estar e Saúde (Cibs). O plano voltou a ser reforçado durante a reunião-almoço de dessa terça.
  • Também disse já estar em conversação com os hospitais, a Unisc, a Secretaria Estadual da Saúde e os deputados Marcelo e Kelly Moraes (ambos do PL) para a busca de recursos ao setor. “Na traumatologia, hoje, a média é de oito anos de espera. Temos que devolver a qualidade de vida das pessoas”, destacou.
• Abastecimento de água
  • A conversa com a concessionária de abastecimento, a Corsan, será “pesada”, reforçou Moraes. “Se não forem atendidos nossos pedidos, conforme a necessidade da população, pretendemos municipalizar a água. Ou atende ou não atende”, alertou.
• Aeroporto
  • Em sua fala, Moraes também defendeu um plano para a instalação de um aeroporto em área além do Autódromo, dando condições para que seja feito o transporte de cargas inicialmente. Frisou a amizade com o pai do atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

ACI apresenta demandas à nova gestão

Antes do início da palestra, o presidente da ACI, Ario Sabbi, apresentou uma carta com as principais demandas do setor empresarial para a nova gestão. O documento defende a criação de uma política municipal prevendo ações e incentivos para fortalecer e desenvolver o turismo local e regional. “Considerando a riqueza de eventos já consagrados desenvolvidos no município – Oktoberfest, Enart, entre outros – a exuberante natureza local e a infraestrutura já existente, entendemos que é necessário fazer uma articulação entre todos esses fatores para potencializar os negócios em torno deste promissor setor”, explicou.

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Como incremento para a logística, a entidade diz que são necessárias obras de adequação do Aeroporto Luiz Beck da Silva, transformando-o em aeroporto regional para atender os Vales do Taquari e Rio Pardo. A proposta visa possibilitar voos comerciais a São Paulo, entre outros destinos. Pela importância econômica de Santa Cruz no Estado e sua posição geográfica estratégica como centro logístico, Sabbi disse que é imprescindível para impulsionar o desenvolvimento regional.

A ACI ainda defende a captação de empreendimentos para o município e incentivo às empresas locais, com especial atenção aos setores de inovação e tecnologia, além da defesa das atividades da cadeia do tabaco, no campo e na indústria, inclusive às voltadas à criação de novos produtos, reconhecendo a importância desse setor.

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