Chegou ao fim neste domingo, 4, a passagem de um dos maiores ídolos da história do vôlei brasileiro com a camisa da seleção. A vitória do Brasil sobre Portugal por 3 sets a 1, no amistoso disputado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, serviu como plano de fundo para a última apresentação do líbero Serginho vestindo as cores do País. E como aconteceu ao longo de toda sua carreira, a emoção marcou a despedida do jogador.
Em mais de 15 anos de seleção, Serginho conquistou diversos títulos. Em Olimpíadas, foram dois ouros (Atenas-2004 e Rio-2016) e duas pratas (Pequim-2008 e Londres-2012). E foi justamente em um destes Jogos que o líbero atingiu o auge. No Rio, a menos de um mês, não só conduziu o Brasil a um inesperado ouro, como foi considerado o melhor jogador da competição, mesmo já com 40 anos.
Além das inúmeras qualidades como jogador, Serginho também cativou fãs por todo o País por seu carisma fora da quadra. Talvez por isso, cerca de 40 mil pessoas estiveram no Mané Garrincha para acompanhar sua despedida neste domingo. E saíram satisfeitas com o triunfo brasileiro por 3 sets a 1, com parciais de 25/20, 20/25, 25/21 e 15/8 – o regulamento do amistoso previa que o quarto set, se fosse necessário, terminaria em 15 pontos.
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A partida, aliás, em nada se pareceu com a do dia anterior. Se no sábado a seleção brasileira atropelou Portugal por 3 a 0 (25/17, 25/13 e 25/16), na Arena da Baixada, em Curitiba, neste domingo teve surpreendente dificuldade diante do adversário, apenas o 26º colocado no ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Se o jogo não foi um grande espetáculo técnico, a emoção tomou conta da partida no fim. Ovacionado pelo estádio lotado, Serginho inclusive pontuou, algo tão raro para um jogador que dedicou sua carreira a receber pancadas na então recém-criada posição de líbero.
No match point, Serginho foi para o saque – as regras do amistoso foram flexibilizadas para que isso fosse possível. Na primeira tentativa, a bola sequer chegou à rede. Mas ele não poderia deixar a quadra assim. Por isso, repetiu o ato, e desta vez até a equipe portuguesa entrou na festa, abrindo espaço para que a bola tocasse o chão e o líbero pudesse se despedir com um ace.
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Em nenhum momento o Brasil encarou facilidade. No primeiro set, já foi surpreendido com uma boa atuação portuguesa e venceu apenas por 25 a 20. No segundo, a força do bloqueio adversário falou mais alto, o ataque de Portugal também funcionou e o país deixou tudo igual.
O equilíbrio seguiu no terceiro set. A seleção parecia sonolenta, sem grandes ambições. Ainda assim, a superioridade técnica falou mais alto e a equipe pulou à frente novamente. Na parcial final, os dois times pareciam se importar somente com a festa para Serginho. E o líbero merecia se despedir com vitória.
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