Cultura e Lazer

Serginho Schmidt: um hobby levado muito a sério

A música pode não constituir a atividade principal do santa-cruzense Sérgio Luis Schmidt. Ainda assim, acompanha-o praticamente ao longo de toda a sua vida, até seus atuais 46 anos, como um hobby levado muito a sério. Afinal, desde a adolescência, quando aprendeu a tocar, primeiro violão e depois guitarra, nunca deixou de integrar bandas. Hoje, com a Sunsett, formada em 2007, atende aos compromissos de agenda regular.

Sérgio é o filho único de Dieni Schmidt, já falecido, e de Alzira, ambos santa-cruzenses. Nasceu no dia 25 de abril de 1977 e passou parte da infância com a avó, Elza, entre Alto Dona Josefa e Linha Andréas, no interior de Vera Cruz. Por lá fez o primário, na escola José Bonifácio.

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E por lá também lembra de ter se impressionado com os conjuntos que animavam quermesses e bailes, reparando no som de cada instrumento. Para seguir nos estudos, voltou a morar com a mãe, em Santa Cruz, onde cursou o fundamental na escola Luiz Schroeder, do Bairro Universitário, e, mais adiante, o Ensino Médio na escola Goiás.

No final da década de 1980, quando tinha cerca de 12 anos, recorda que adorava a canção Rancho Fundo, de Chitãozinho & Xororó, que fazia parte da trilha sonora da novela Tieta do Agreste, então em exibição na TV Globo, e na qual um solo de violão o encantou. Não hesitou em pedir para a mãe: queria um violão. Que de fato ganhou de presente.

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Mas demorou muito a efetivamente aprender a tocar, porque nem sequer sabia que este precisava ser afinado. Logo um amigo o apresentou à MTV e, nela, ao clipe de Sweet Child O’Mine, do Guns’n Roses. Mais uma vez fez pedido à mãe: agora queria uma guitarra!

Desse contato com a música resultou que em 1996 ele e amigos da região da Verena, atual Bairro Santo Inácio, formaram uma banda, a Trauma, que durou três anos. Nessa época também começou a trabalhar, em um estágio no núcleo administrativo da Oktoberfest. Do qual, em 1999, se transferiu para a Assescon, de Armin Edgar Noy.

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Em 2000, novo passo, agora para a empresa Kopp, em Vera Cruz. Nesse ano também ingressou no curso de Ciências Contábeis, na Unisc, no qual se formou em 2009. Da Kopp passou à Mercur, onde ficou entre 2002 e 2004, e então à Pioneer, permanecendo nesta até 2016. Por fim, passou a atuar na Japan Tobacco International, onde segue até a atualidade, sempre em funções administrativas.

Justamente por essa caminhada profissional regular, com expediente diário normal, sua trajetória no universo cultural se diferencia significativamente da de outros artistas, os quais fazem aposta quase integral na carreira musical. No entanto, disciplinado e dedicado, afirma que em nenhum dia deixa de se exercitar como músico, buscando sempre aprender.

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Quando havia ingressado na faculdade, formou com amigos em 2003 a banda Cordas Velhas, que participou do 1º Festival de Bandas da Unisc, no qual ele foi escolhido como melhor instrumentista, como guitarrista. Gravaram em MP3 a canção Não Vem Mais, que apresentaram na ocasião. Depois integrou a Núcleo Base, presença constante no Café Floriano, e por fim, em 2007, a convite, incorporou-se à Sunsett, ao lado de Rafael Burgos, vocal; Eduardo Burgos, bateria; e Artur Seidel, baixo. Seguiram com essa formação até 2019, quando a pandemia interrompeu as atividades.

Passada a fase das restrições, retornaram em 2022, agora sem Rafael e Artur. Em seu lugar entraram Ed Balparda, no vocal, e Tairine Potin no baixo, com o acréscimo de Gerson Nyland no teclado. A banda mantém agenda constante na região, em especial aos finais de semana. Serginho ainda colabora em especiais, como tributos a Elton John (ou ao U2, que a Sunsett promoveu), bem como nos aulões de História do Colégio Mauá. Na vida pessoal, mantém relacionamento de longa data com a conterrânea Raquel Peccati Kist, e com ela tem a filha Alice, de 10 anos.

Cinco músicas referenciais para Sérgio:

  • November Rain (Guns’n Roses)
  • Smells Like Teen Spirit (Nirvana)
  • Basket Case (Green Day)
  • Twist and Shout (The Beatles)
  • Jump (Van Hallen)

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Romar Behling

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