Apontado como principal investigado no caso de desvios de recursos da Asan, Marco Antonio Almeida de Moraes entrou na entidade para prestar serviços comunitários, cumprindo uma pena de sentença condenatória transitada em julgado na Justiça Federal. Após finalizar essa pena, ele teria passado a ser o administrador. Nessa terça-feira, 20, pela manhã, prestou depoimento à delegada Raquel Schneider. Ele, assim como sua companheira e também farmacêutica da Asan, Cassineli Garske, negaram participação nos delitos investigados.
Representante do casal, o advogado criminalista Luiz Carlos Rech conversou com a Gazeta do Sul. Ele relatou que foi procurado na noite de segunda-feira para fazer a representação. “Meus clientes deram todos os esclarecimentos possíveis, e negaram com veemência a participação nos fatos. Vamos aguardar agora a avaliação da delegada encarregada do inquérito. Estamos tranquilos e, na possibilidade de haver uma denúncia, vamos fazer a defesa necessária. Mas entendemos que ao final do inquérito será provada a inocência deles”, comentou.
LEIA MAIS:
Publicidade
Segundo Rech, seus clientes foram surpreendidos com as acusações. “Como administrador, uma série de situações acaba passando pelo Marco, mas ele deu as explicações sobre a maneira como os fatos se procediam. A companheira dele, a Cassineli, que é farmacêutica, tinha função exclusiva de tratar a parte de farmacologia, e desconhece qualquer situação de administração ou contratos”, complementou o criminalista.
Sobre a prisão em flagrante de Moraes durante o cumprimento de mandado de busca na segunda, por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, o advogado afirmou que o revólver calibre 38 era de uma empresa de vigilância que pertencia ao investigado e constava como perdido no sistema policial. “Isso deverá acarretar em outro processo. As informações sobre esse fato também vão ser levadas aos autos, mas não há qualquer tipo de utilização dessa arma.”
A estoquista Marcia Cunha prestou depoimento à polícia na segunda-feira, alegando que suas ações eram baseadas no que Marco Antonio Almeida de Moraes a solicitava. Já o filho do principal investigado, Marco Antonio Reis de Moraes; o presidente da Asan, Wilson Pessoa da Silveira; e o ex-funcionário do setor de Serviço Gerais Dionathan Silveira da Silva ainda não prestaram depoimento. A Gazeta do Sul não conseguiu localizar a defesa desses investigados. O espaço permanece aberto para manifestação.
Publicidade
This website uses cookies.