O Brasil é um celeiro de grandes nomes no mundo artístico. Na música não faltam bons exemplos de profissionais, que fizeram as pessoas se emocionarem ao escutar o som de um violão, uma guitarra, um acordeão, ou mesmo uma voz à capela. São músicos que, nos mais diferentes instrumentos, conseguem obter sons que elevam a alma.
Só para citar alguns: nas cordas, João Gilberto, Pepeu Gomes, Jorge Ben Jor, Roberto Frejat, Herbert Vianna, Lulu Santos, Roberto Menescal, Baden Powell, Toquinho, Almir Sater e Yamandu Costa; na gaita, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Lucy Alves, Berenice Azambuja, Renato Borghetti. Olhando a facilidade com que extraem música dos instrumentos, tem-se a impressão de que nasceram tocando, que é algo genético, que vem como herança sanguínea a habilidade de alegrar o público a partir da música.
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Na prática, não é bem assim. É claro que são ícones e alcançar os apurados níveis desses profissionais é muito difícil – para não dizer quase impossível -, porém, há como conseguir a qualidade mínima para tocar entre os amigos ou mesmo ganhar dinheiro como profissional da área. É preciso, claro, muita perseverança, boa instrução e foco. Há quem imagine já ter passado essa fase, devido à idade, mas isso não faz parte da realidade.
De acordo com texto publicado no blog Teclacenter Instrumentos Musicais, as pessoas deixam de lado a possibilidade de realização dos sonhos por entender que estão velhas. O texto aponta que não há esse limite. O lado oposto, por exemplo, quando está muito jovem, pode ser um problema. As crianças, muito novas, têm alguma dificuldade de manter o nível de disciplina que um instrumento exige, além da questão da concentração, sobretudo com a imensidão de informações disponíveis atualmente.
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Indiferentemente da idade, no entanto, um fator fundamental é a dedicação de tempo e atenção. Não precisa maratonar aula. Um pouquinho de treino pode fazer com que se aprenda, aproveitando os benefícios cognitivos que a música proporciona ao ser humano.
Além da questão física que a habilidade de tocar um instrumento proporciona, há o fato de que possibilita ter uma sensação de conquista. Chegar ao fim das aulas e perceber que conseguiu aprender e, até, ir além faz com que se libere uma série de hormônios, que representam felicidade e autoconfiança, o que pode ser replicado em outros desafios diários da vida.
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Sem contar o fato de que a pessoa passa, se quiser, a ser a atração entre os amigos, rendendo bons momentos de integração e a formação de novas amizades. Há, por óbvio, quem veja além e encontre nessa prática a possibilidade de estabelecer uma nova carreira profissional. O sucesso do programa televisivo The Voice Brasil Mais, que reúne participantes acima de 60 anos, é um exemplo. Muitas pessoas que haviam abandonado a ideia voltam aos palcos. Nas outras faixas etárias, a atração da Rede Globo fomenta o desenvolvimento de talentos e possíveis carreiras individuais, duplas ou grupos.
Algumas pessoas, tentando seguir os exemplos dos pais, optam por um ou outro instrumento. O importante, porém, é estar ciente de que precisa ser um que seja capaz de suportar e, de preferência, que não tenha um preço muito elevado – não é preciso comprar o melhor exemplar já na primeira tentativa. Contratar um profissional como professor é fundamental. É ele quem vai dar as orientações, contar alguns segredos do equipamento e incentivar.
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É importante ressaltar que se trata de um processo evolutivo, que pode demorar um pouco a dar resultados. A desistência repentina aniquila o que pode ser transformado em uma futura habilidade. Manter o foco e ter objetivo estabelecido são dois passos relevantes. Um bom instrutor vai reforçar o interesse do aluno e lembrar da sensação boa que terá, quando tiver alcançado a meta traçada. Também serve de inspiração, assim como os grandes músicos, mas com o diferencial de que está na frente do aluno. É palpável.
Mas é preciso tocar todos os dias? É o ideal. A prática é que levará à melhor execução das canções que você propõe-se a tocar. Sem ela, reforça o texto da Teclacenter, não conseguirá se desenvolver ou irá demorar muito tempo para tocar as primeiras músicas.
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