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Ser feliz requer treino; conheça a história da santa-cruzense que é especialista no assunto

2024 está batendo na porta. E, antes do ano acabar, tenho uma pergunta para te fazer: o que te faz feliz? Ou melhor: o que é felicidade para você? Enquanto as respostas vão surgindo em sua mente, é preciso considerar alguns pontos. O primeiro deles é que, muito além de um sentimento que pulsa forte em nossos corações e transborda em sorrisos, a felicidade é uma ciência. Inclusive, aqui no Brasil, já existe um curso que aborda esse tema.

A primeira turma teve 15 mil inscritos no vestibular. Apenas 2 mil foram aprovados, concluíram o curso e se tornaram cientistas da felicidade. Uma dessas pessoas é a santa-cruzense Raquel Nyland. Ela também atua como orientadora de almas, mentora de mulheres e palestrante, especialista em desenvolvimento pessoal e profissional.

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Raquel explica que a ciência da felicidade aborda cinco pilares, os quais são aprofundados em cada encontro: emocional, espiritual, intelectual, físico e relacional. “Existem dados que comprovam que 50% da nossa felicidade é genética, 10% é o ambiente em que vivemos e 40% são as nossas escolhas. A ciência entra para explicar como nós podemos modificar aquilo que fortalece nosso DNA, ou seja, técnicas para entender, ressignificar e mudar”, explica a santa-cruzense.

E é justamente o exercício de ressignificar que faz a diferença no treinamento. De acordo com Raquel, a felicidade é uma habilidade que precisa ser treinada e o segredo dela encontra-se nas coisas simples do dia a dia. “As pessoas normalmente buscam a felicidade nas coisas grandes. Quando eu me formar, quando eu tiver filhos, quando eu tiver meu carro, a minha casa, e esquecem de viver o hoje, o aqui e o agora. E é isso que a ciência da felicidade também vem trazer, viver as coisas simples. O simples fato de acordar deve ser um momento de gratidão.”

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No entanto, Raquel faz questão de salientar que o fato de a felicidade ser algo simples, que pode ser sentido nas pequenas coisas do dia a dia, não anula os nossos sentimentos ruins. “Existe o que chamamos de positividade tóxica, que é dizer que está sempre tudo bem. Não. A gente precisa sentir. A felicidade não me livra de eu me sentir triste, com raiva, com ódio, com medo, pois isso são emoções e está tudo bem. Mas o que eu faço quando sinto isso? É aí que vem o treinamento da mente, para aprendermos a conviver com as coisas sem pegar a carga negativa”, ressalta.

É fim de ano, e o que você fez?

Muitas pessoas costumam ficar reflexivas nesta época, principalmente quando começam a olhar para trás ou, até mesmo, naquela listinha de metas para o ano, do que foi cumprido e do que não. Com isso, na maioria das vezes, bate aquele sentimento de culpa, de não realização. Mas você já parou para pensar em tudo o que você fez no ano que passou, e que vai muito além do que listou? Isso ocorre, segundo Raquel, porque estamos presos a um calendário.

Raquel Nyland: treinar a mente

“O estar feliz é diário. Não é o ano de 2023. Só que a gente generaliza e busca felicidade em um número e não nos 365 dias. Por isso, precisamos treinar essa habilidade de ver as coisas simples do dia a dia. Não existe passe de mágica. São desafios e aprendizados. Apenas vivemos aquilo que precisamos entender nesse caminho e transformar. Isso é ciência.”

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E se a felicidade é uma ciência estabelecida sobre pilares, uma habilidade simples que precisa ser treinada, é necessário primeiro entendê-la para depois buscá-la.

“Felicidade está na simplicidade. Aprender a ser grato, ter relações saudáveis, buscar a espiritualidade, se conectar, cuidar do corpo, são pilares que te levam a encontrar a felicidade no aqui e agora, sem viver ansioso e no passado. Se vivermos o hoje intensamente, já ganhamos o nosso ano e as coisas ficam mais leves. É sobre olhar com gratidão por tudo o que somos, o que fizemos e aonde chegamos”, diz Raquel.

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Baú da gratidão

Para quem buscar treinar a mente, uma das dicas da especialista em felicidade Raquel Nyland é o Baú da Gratidão. E o exercício é muito fácil: basta pegar um papel e uma caneta e, todas as noites, durante um mês, escrever pelo que você foi grato naquele dia. “Depois de dez, 15 dias, ao pensar pelo que somos gratos, já começamos a ter outro olhar e passamos a agradecer outras coisas como ter comida, ter uma casa, porque passa do racional para o coração”, salienta Raquel.

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Mas a orientação é: não deixe para começar esse rito no dia 1º. É só mais um dia. O ano inicia ao acordar pela manhã. Portanto, comece agora, comece hoje. Afinal, o segredo para a felicidade está nas coisas simples. Apenas é preciso viver intensamente cada uma delas.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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