O menino de 2 anos atropelado por um trator nessa sexta-feira, 3, está sendo velado na manhã deste sábado, 4, na capela 3 da Funerária Petry, em Rio Pardo. O sepultamento de João Lucas Joaquim de Barros está marcado para as 15h30 no Cemitério São Pedro, no interior do município.
João morreu ontem à tarde na localidade de Abelina quando estava em um trator com o pai. O eixo do veículo quebrou e as rodas se soltaram, e o trator ficou trancado em um declive. Com isso, o menino escorregou e caiu.
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“Eu quis fazer um agrado pra ele, e ele subiu no trator. A gente deu umas voltas na lavoura e quando fui descendo no campo o trator quebrou, João caiu muito rápido e eu não pude fazer nada”, contou o pai. “Peguei o corpinho dele, tentei limpar um pouco, coloquei no carro e levei aqui do lado, no meu compadre. Pedi pra levar para o hospital, eu estava desesperado”, detalhou. Conforme o compadre Clóvis, que mora na vizinhança, João teria chegado ao Hospital Regional do Vale do Rio Pardo desacordado, provavelmente já sem vida.
A mãe de João, Andreia Joaquim de Barros, estava na propriedade no momento do acidente, mas não presenciou o atropelamento. “Tem um buraco no peito agora, a gente não sabe o que fazer. Não são os pais que devem enterrar os filhos. Foi uma fatalidade, num momento em que um pai só estava tentando deixar o filho contente com o que ele gostava”, lamentou.
Criado no interior, João Lucas Joaquim era uma criança simples e alegre, inseparável do pai. “Se ele ganhava uma bala na casa da vó, ia correndo até a lavoura levar para o Osmar. Não comia uma bolacha sem dividir com o pai”, conta a mãe. A atividade predileta de João era calçar seu par de galochas e acompanhar a família na rotina do campo. “Em dia de chuva era um problema fazer ele ficar dentro de casa, porque queria sempre estar na rua, andando de motinho e de bicicleta, ou brincando de trabalhar com o pai. João era a coisa mais feliz desse mundo.”
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O casal tem mais dois filhos, Kauan Miguel, de 6 anos, e Chaiane Luzia, de 14 anos. Conforme a mãe, os três eram muito próximos, e o nome de João foi escolhido pelo irmão. “Quando eu descobri que estava grávida, com três meses e um dia, o Kauan pegou o livrinho de nomes e apontava para a letra J. Ele dizia que se chamaria Joãozinho e sempre foi assim que tratou o mano”, recorda.
Com a irmã, João fazia questão de dividir o horário do almoço. “Ela almoça cedo porque precisa ir para A escola, e ele sempre sentava na mesa para comer junto.” Em poucas palavras, o pai descreve o filho como um menino de alegria contagiante. “Estava sempre rindo, não tinha tempo ruim.” João completou 2 anos no último dia 28 de abril.
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