Neste sábado, 5 de maio, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, com o objetivo principal de chamar a atenção da população para a preservação dos recursos naturais e conscientizar sobre os problemas ambientais. Na data, o jornal Gazeta da Serra começa o “Especial Meio Ambiente”. Ao longo deste mês serão publicadas matérias que buscam informar, conscientizar e mobilizar sobre a importância do cuidado com o meio em que vivemos. Nesta primeira matéria, o assunto em destaque é a separação correta do lixo.
Já imaginou se todo o lixo produzido fosse descartado de qualquer forma nas ruas, rios e praças? Muitas vezes não percebemos ou não damos muita importância àqueles que percorrem as ruas diariamente recolhendo aquilo que descartamos.
Conforme o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Sobradinho, Adriano Dreher, no interior do município é promovida a coleta de lixo mensalmente e, somente na última coleta, realizada no início do mês de maio, foram retirados do meio rural em torno de três mil quilos de resíduos.
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Na cidade, a coleta ocorre diariamente. Dreher ressalta que em Sobradinho são geradas em torno de 250 toneladas de resíduos a cada mês. O secretário explica que isso a destinação exige um gasto anual de mais de R$ 1 milhão em recursos públicos.
Para ele, é possível buscar a conscientização das pessoas para a separação correta do lixo iniciando por projetos desenvolvidos nas escolas. “Temos que trabalhar com essa divulgação, parece que é um tema um pouco ultrapassado, mas é preciso bater nessa tecla da questão da reciclagem, da compostagem, de dar o destino correto para o lixo. Além de cuidar as margens dos rios, arborizar…”, disse.
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Normalmente, o lixo seco é recolhido no município pela Reciclagem do Vô Bili. Antônio Rodrigues – o Vô Bili, 63 anos –, juntamente com sua esposa Isabel Lisboa Rodrigues, iniciou o trabalho na reciclagem em 1993. Agora, com uma equipe formada, eles geram em torno de 13 empregos e recolhem aproximadamente 40 toneladas de lixo por mês.
Conforme Vô Bili, os materiais são recolhidos ou entregues diretamente no galpão de reciclagem, a partir daí, todo o lixo é separado seguindo vários critérios. Papel, papelão, plástico, latas… enfim, são vários tipos de resíduos divididos em grandes sacos. Depois da separação dos materiais, é realizado o enfardamento por peças, cada tipo de material tem o seu valor e a sua qualidade.
“Quando tem uma carga as empresas buscam os materiais”, conta. “Nós fizemos o recolhimento, depois uma equipe realiza a separação do lixo, produto por produto. De 99% das pessoas sobra 1% que costuma trazer o lixo separado”. No interior, Bili passa duas vezes por mês. Na cidade, o recolhimento é realizado duas vezes por semana, através de contrato com a Prefeitura, e nos outros dias o recolhimento é por conta da própria empresa.
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Vô Bili também reforça a realização de campanhas nas escolas visando o incentivo à separação, fazendo com que as crianças possam motivar os pais a separar o lixo corretamente. “Isso seria o melhor ensinamento, com a distribuição de panfletos, gerando uma campanha sem fim. Quanto mais nos unirmos na base da divulgação para a separação correta do lixo poderemos ajudar ainda mais nosso planeta”, salienta.
“O nosso trabalho é fundamental para o meio ambiente, se não trabalharmos e cuidarmos o que será das próximas gerações? Imagina se deixássemos todas essas toneladas de lixo espalhadas nas margens dos rios?”, reflete Vô Bili.
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Já o recolhimento do lixo de uma forma geral, ocorre pela empresa Edem Comércio e Transportes, terceirizada pela Prefeitura. Segundo a proprietária, Gracieli Montagner, existe um roteiro designado pelo município e a coleta ocorre de segunda a sábado no período diurno. “São coletadas em média 8 a 10 toneladas por dia”, explica.
Gracieli salienta que após ser recolhido, o lixo é levado para a Central de Triagem e Transbordo da empresa, localizado em Linha Carijinho, onde, parcialmente, passa por uma separação. Posteriormente, os materiais passíveis de reutilização são encaminhados para empresas de reciclagem. Já os resíduos que não tem mais como serem reciclados são transportados para um aterro sanitário no município de Minas do Leão.
Segundo Gracieli, a empresa atua com 24 colaboradores, sendo 13 em Sobradinho. Ela ressalta que ocorre pouquíssima separação do lixo pela população. Para buscar essa conscientização, Gracieli também apoia campanhas educativas e desenvolvimento de ações de reciclagem. “O trabalho que prestamos à sociedade é uma grande ajuda para o meio ambiente, já que a preservação é o futuro das próximas gerações”, destaca. Além de prestar serviços para Sobradinho, a empresa Edem realiza o recolhimento do lixo em outros oito municípios da região.
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Lixo úmido (material que não pode ser reciclado)
INORGÂNICOS: papéis metalizados, guardanapos e lixo de banheiro, bitucas de cigarro, fotografias, esponja de aço, fraldas descartáveis, papel carbono…
ORGÂNICOS: restos de comida, cascas de frutas e legumes, casca de ovos, sacos de chá, borra de café, frutas, flores, etc.
DICA: conforme aconselha o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Adriano Dreher, para quem tiver condições, é possível fazer uma composteira em casa com os resíduos orgânicos e, assim, produzir adubo para sua horta.
Lixo seco (material que pode ser reciclado)
PAPEL: jornais, revistas, livros, cadernos, cartolinas, papelão, caixas de leite e de suco…
PLÁSTICO: sacos e sacolas plásticas, embalagens plásticas, CDs, garrafas e garrafões plásticos, tubos e demais peças plásticas.
VIDRO: garrafas, embalagens de alimentos e bebidas, copos e outros objetos de vidro. Observação: para maior segurança, embrulhe esse material em folhas de jornal para evitar acidentes.
METAL: latas de alumínio em geral (alimentos e bebidas), embalagens metálicas, objetos de cobre, zinco e ferro.
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