O Ministério Público Federal (MPF), por meio de uma ação civil pública, obteve sentença favorável para a preservação da Estação Férrea de Rio Pardo. A decisão determina que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) elabore um projeto de restauração da edificação e do armazém anexo em até seis meses. Depois disso, o prazo para conclusão das obras é de um ano, custeadas pela União, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Município de Rio Pardo.
Até o fim de 2016, o prédio era utilizado pela banda municipal, que teve de desocupar o local após o encerramento da concessão do Dnit à Prefeitura. Desde então, a antiga estação ficou abandonada e foi tomada por desabrigados e usuários de drogas. A ação do tempo e dos vândalos, bem como a falta de manutenção, resultaram em um incêndio que destruiu o telhado e o terceiro andar. Desde então, a estrutura está abandonada.
A reportagem da Gazeta do Sul foi até o local e constatou o avançado estado de deterioração do prédio. Os escombros do incêndio de 2020 permanecem no interior da construção, bem como uma grande quantidade de lixo. Na parte dos fundos, junto aos trilhos, há uma janela totalmente aberta, facilitando a invasão e o uso indevido. Contatada, a Secretaria de Turismo, Cultura, Juventude, Esporte e Lazer informou que está tomando conhecimento da decisão judicial e vai se manifestar ao longo desta semana.
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A estação de Rio Pardo foi inaugurada em 1883 pela Viação Férrea do Rio Grande do Sul e fazia parte do trajeto que ia de Porto Alegre a Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Funcionou até 1996, quando os trens de passageiros pararam de operar no Estado. Em 2005, a América Latina Logística (ALL), então concessionária da rede ferroviária, investiu quase R$ 83 mil na reforma da edificação, juntamente com uma contrapartida de R$ 3,2 mil da Prefeitura.
Outra melhoria foi feita em 2009, quando o prédio foi preparado para receber a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, que permaneceu no local até 2014. Em abril deste ano, a Prefeitura chegou a contatar o Dnit para tentar retomar a concessão da área, com o objetivo de transformá-la em espaços de preservação da cultura e da história de Rio Pardo. As negociações, no entanto, não haviam avançado até o momento.
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