A polêmica que envolve o diagnóstico do mormo em cavalos no Rio Grande do Sul será discutida em Santa Cruz do Sul no próximo dia 10. O Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos (NCCC) e o Piquete Regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizam o 1º Seminário sobre mormo: problemas e desafios, na Câmara de Vereadores do município, com a presença da veterinária Petra Garbade. O evento marcado para iniciar às 19 horas, terá entrada gratuita e será aberto à comunidade.
De acordo com o presidente do NCCC, Tibicuera Almeida, a proposta do encontro é esclarecer a doença e questionar a Instrução Normativa nº 24, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que determina dois tipos de exames para diagnosticar o mormo, o de fixação de complemento, que é realizado através do sangue, e o teste de maleína, para o qual é injetado um reagente na pálpebra inferior do animal. “Os dois testam se o animal tem anticorpos e não a bactéria”, comenta Almeida.
Além disso, segundo ele, outras 43 bactérias seriam similares ao mormo. “Esses exames detectam que existe uma bactéria, mas não confirmam qual. Quase 30 cavalos já foram sacrificados no Estado com o diagnóstico do mormo, mas nenhum apresentava sintomas da doença”, salienta.
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No seminário será levantada também a possibilidade de alterar a instrução normativa e sugerir que os exames realizados sejam o PCR, que detecta a bactéria, ou o Western Blotting, que localiza o reagente da bactéria do mormo. Entretanto, por enquanto, eles só são realizados nos Estados Unidos e em países da Europa. “Se esses testes tiverem resultado positivo, nós seremos favoráveis ao sacrifício do animal por uma questão de saúde pública”, afirma o presidente do NCCC.
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