O número de casos de tuberculose aumentou no Estado após o período da pandemia e colocou em alerta os profissionais ligados à área da saúde. Com o objetivo de tratar do problema, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) sediou, na quinta-feira, 27, um seminário regional com debates e atualização no manejo clínico e tratamentos disponíveis para a tuberculose e infecção latente da tuberculose (ILTB).
Aberta ao público, a atividade reuniu cerca de cem pessoas no bloco 18 durante a tarde. O evento foi realizado por meio do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) e a 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR).
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Para a organizadora das atividades, pesquisadora na área de tuberculose e professora da Unisc, Lia Possuelo, é importante retomar esse assunto após o período da pandemia de Covid-19. “Houve um crescimento no número de casos nesse tempo, no mundo todo; então, é importante realizarmos esses encontros para falar da tuberculose, que é uma doença que tem cura.”
Lia destacou que a população deve ficar atenta aos sinais da doença, como a tosse prolongada. “Aquela tosse por três semanas pode ser preocupante. Por isso, é importante que o cidadão procure ajuda médica no posto de saúde mais próximo, para que os sintomas comecem a ser investigados e o tratamento possa ser iniciado.” A atividade de quinta, além de atualizações sobre a doença, foi uma forma de capacitar e trazer, efetivamente, as novas informações que o Ministério da Saúde tem recomendado em relação ao controle da tuberculose no Brasil.
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Integrante do programa estadual de controle da tuberculose, Rosa Castro disse que o Estado do Rio Grande do Sul está entre os que possuem a maior taxa de incidência da doença no Brasil. “Este cenário não ocorre na região de Santa Cruz, que apresenta dados menores sobre a incidência, percentual de cura e abandono de tratamento.” Os dados utilizados no seminário são baseados no ano de 2021. “Isso ocorre em virtude do longo tempo de tratamento”, explicou.
Outro ponto debatido foi a maior incidência no sistema prisional. “A possibilidade de termos casos nesses locais é maior, assim como na população indígena, imigrantes e moradores de rua. Por isso, trabalhamos com a prevenção dessas pessoas em situações mais vulneráveis. Mas o sistema prisional tem feito um trabalho muito bom com a gente, para conseguirmos tratar devidamente a doença”, comentou Rosa.
A coordenadora da 13ª CRS, Mariluci Reis, disse que os dados da região são menos preocupantes se comparados com outras regiões do Estado. “Talvez isso ocorra por nossa população não chegar a 500 mil habitantes. Associado a isso, o bom trabalho que é desenvolvido entre coordenadoria, Susepe, municípios e Estado, que atuam em conjunto para diminuir os casos de tuberculose.”
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Em 2022, a região registrou quatro óbitos em virtude da doença: três em Santa Cruz e um em Vera Cruz. “É um número baixo, que resulta dessas parcerias. Neste ano, ainda não temos registro. Já em 2021 foram nove mortes.”
O secretário municipal de Saúde e vice-prefeito, Elstor Desbessell, disse que o município é parceiro para iniciar debates que pautam assuntos importantes à população. “É importante deixar claro que há tratamento e queremos erradicar essa doença da nossa cidade.”
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O seminário contou com os seguintes temas: atualização no manejo clínico e tratamentos disponíveis para tuberculose e ILTB; fluxos e diretrizes para o controle da tuberculose e epidemiologia e diagnóstico da tuberculose na 13ª CRS.
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