A situação da energia elétrica nos pequenos municípios do Rio Grande do Sul e, em especial, na zona rural, tem preocupado todo o Estado: postes de madeira em péssimo estado, falta de manutenção nas fiações, oscilações e quedas de energia, transformadores sem carga para atender à demanda e redes monofásicas. Por isso, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa realiza, na próxima segunda-feira, 6, o Seminário “Energia – A Qualidade que o Brasil Precisa”, das 9h às 18h, no Teatro Dante Barone, da ALRS, em Porto Alegre. O evento contará com participação dos Ministérios de Minas e Energia, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, bem como da Aneel, empresas distribuidoras e outras instituições, e a presença do governador José Ivo Sartori e de secretários de Estado.
Conforme o presidente da Comissão de Agricultura deputado Adolfo Brito (PP), o seminário busca a mobilização da comunidade gaúcha para melhoria da energia elétrica no interior e para viabilizar um projeto conjunto entre Governo Federal, empresas distribuidoras de energia e produtores rurais, a fim de melhorar a vida e a renda das famílias e dos municípios. “Mais de 60% das atuais redes de eletrificação rural são monofásicas e com qualidade comprometida”, disse o parlamentar. “Energia de qualidade no interior aumenta a produtividade, incentiva a criação de agroindústrias e ajuda a manter o jovem no campo, garantindo a sucessão familiar”, finalizou.
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Projeto quer melhorar energia no campo
O programa “Energia – A Qualidade que o Brasil Precisa” foi desenvolvido pelo deputado Adolfo Brito (PP) e debatido com produtores rurais, lideranças das comunidades e entidades representativas, bem como distribuidoras de energia e cooperativas do setor no Estado. Desta forma, o projeto, nos moldes do “Luz para Todos”, prevê a reconstrução de redes atuais já ultrapassadas, construção de novas monofásicas, bi e também trifásicas. Além disso, precisará de mutirão de esforços, com participação do Governo Federal (na ordem de 50%), distribuidoras (30%), produtores (15%), e o restante com o Estado (5%), com participação no financiamento de juros subsidiados e apoio da Emater. Os municípios entrariam com a organização dos interessados em cada comunidade do interior.
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